Entenda o que é a doença de Lyme e saiba como identificá-la no seu cachorro.
É de conhecimento comum que carrapatos podem significar grandes riscos ao bem-estar dos nossos pets. Agentes transmissores de doenças como a babesiose e a erlichiose, comumente conhecidas como as doenças do carrapato, estes parasitas também podem ser responsáveis por ocorrências como a paralisia do carrapato e a doença de Lyme, que vamos tratar aqui.
Também conhecida como borreliose, a doença de Lyme é causada por uma bactéria chamada Borrelia burgdorferi, que é transmitida aos animais através da picada de um carrapato infectado. Ao atingir o hospedeiro, a bactéria pode causar desde uma artrite até quadros graves de encefalite (infecção cerebral) que podem levar ao óbito do animal acometido. Sendo uma zoonose, seres humanos também podem adquirir a doença de Lyme através da picada do carrapato, podendo, dependendo do estágio da doença, tratá-la com antibióticos.
A doença de Lyme acomete, essencialmente, cachorros, equinos, bovinos e seres humanos.Após a picada do carrapato, a Borrelia burgdorferi invade as células do pet, atacando, em seguida os tecidos. Ainda que haja resposta do sistema imunológico, a bactéria pode se mostrar resistente e estabelecer uma infecção no organismo.
O ataque ao organismo ocorre de forma semelhante em cachorros e humanos, sendo que as pesquisas sobre a doença de Lyme em gatos são escassas, acreditando-se que os felinos sejam mais resistentes à bactéria e apresentem sinais clínicos menos evidentes. Em cadelas prenhes, é possível que ocorra a infecção nos filhotes.
Sintomas da doença de Lyme nos cães
Os sintomas da doença de Lyme em cachorros são diversos, sendo que podemos citar, principalmente:
Febre, vômitos, dor abdominal;
Anorexia, letargia (sonolência exagerada), perda de peso;
Inflamação de diversas articulações;
Há relatos de aborto em caso de cadelas prenhes.
Cães de raças Retriever, como o Labrador e o Golden, tendem a apresentar insuficiência renal aguda e perda de proteínas na urina. O animal que tiver sido picado por um carrapato infectado pode começar a desenvolver os sintomas da borreliose de dois a cinco meses após o contato com o carrapato.
Diagnosticando e tratando a borreliose no seu cachorro
O médico veterinário de sua confiança deve ser consultado assim que você perceber qualquer dos possíveis sintomas da doença de Lyme em seu cachorro. Essa, aliás, é uma recomendação que vale para qualquer comportamento estranho por parte do pet; não o trate por conta própria ao invés de buscar um profissional capacitado a lidar com a saúde do seu companheiro de quatro patas.
O diagnóstico da doença de Lyme é feito através da análise do comportamento do pet até o momento que ele chegar ao consultório, podendo-se constatar se os sintomas estão em nível crônico, agudo ou progressivo.
O médico verificará se o seu pet apresenta inflamação nas articulações e dor excessiva ao apalpá-las. No exame de sangue, haverá apresentação de anticorpos mediante o contato com a bactéria causadora da doença. É frequente que o animal com tais sintomas tenha passado por bosques ou jardins infestados de carrapatos.
Como evitar que meu cachorro pegue carrapatos?
É bastante complicada a missão de exterminar todo e qualquer contato com carrapatos que o seu cachorro possa vir a ter. Estes parasitas são animais pequenos e que podem estar em qualquer local frequentado pelos nossos pets – assim como os pernilongos para nós.
Desde em um passeio ao bosque, uma volta pelo quarteirão ou até mesmo dentro da sua casa, a palavra de ordem é: atenção. Verifique sempre o corpo do pet (sem se esquecer da parte detrás das orelhas e entre os dedos) e, caso encontre um carrapato preso a ele, não se esqueça de que não se deve utilizar pinças normais para retirar carrapatos. Em uma pet shop você pode encontrar pinças especiais para este fim, que garantam a retirada completa do parasita, evitando possíveis infecções no seu amigão, mas, ainda, o melhor recomendado é que o trabalho seja feito por um profissional.
A principal maneira de se prevenir é com coleiras anti-carrapatos, ou medicações em spray ou “pour-on” (aqueles para aplicar na nuca do pet). Deve-se atentar ao tempo de duração de cada medicação, para que seu pet não fique sem proteção durante qualquer período.
Além disso, existem os banhos carrapati-cidas, que garantem a proteção do pet por um determinado tempo e que devem sempre ser feitos sob a supervisão e o consentimento do veterinário, além das dedetizações da sua própria casa, que, do mesmo jeito, só devem ser feitas sob recomendação profissional.