Violência Contra a Mulher

0
38

Precisamos falar sobre isso

   Falar sober esse tema é bater na tecla de uma luta infinita, os índices de feminicídio no país são alarmantes, se for ver por estado Santa Catarina fica em primeiro ou segundo lugar no índice de mortes e registros de violência contra mulher, todos os dias são crianças, moças, mulheres de meia idade, e idosas entrando para as estatísticas.

Mas a grande pergunta é o por que isso não muda? Aonde esta a raiz do problema?
A profundidade do problema é cada vez maior, os motivos variam mas sempre chegamos em um denominador comum, os relacionamentos, a violência começa num abuso silencioso, tendo como ato final a violência física e em alguns casos óbitos.
Sempre falo que um relacionamento abusivo é o precursor de uma mulher que sofre a violência física, pois ela já está sendo vítima, porém não se deu conta ainda da dimensão do problema, os abusos começam com opiniões pejorativas, diminuição da autoestima, perca dos direitos de trabalhar e estudar, é cíclico, uma coisa vai levando a outra, faltas de respeito constantes, agressões verbais, e por fim….o fim, ai entra as questões da própria vítima muitas vezes desamparada, sem refugio, sem com quem contar, sem o principal apoio, muitas vezes entra a questão cultural que embora defasada ainda se aplica muito que é o fato de muitas vezes a família da vítima aconselhar a vítima a permanecer na união por medo do que a sociedade num geral pode vir falar dessa vítima em si, pressionando e mantendo a vítima numa relação abusiva, mas as mulheres não podem se calar, cada vez mais é preciso denúncias é preciso medidas de amparo é preciso luta contra isso, mas antes de tudo é preciso conscientização, falar abertamente sobre relações tóxicas e abusivas, ensinar a detectar comportamentos e principalmente ensinar as gerações que relação afetiva é pra ter paz, e principalmente ensinar as pessoas a respeitar umas as outras, seja pelo motivo que for, o respeito ao outro ainda é a base de tudo. É preciso apoiar as vitimas, prover recursos para que as mesmas tenham a sua capacidade restaurada, sua dignidade e principalmente segurança, amor não bate, ciume não mata , temos que desconstruir essa visão que as pessoas fazem erroneamente sobre as relações. Fato é num aspecto geral quando uma mulher é vitima abre-se duas perguntas que normalmente a própria vitima se faz, a primeira é qual atitude ela vai tomar seja cor tanto esse laço, vinculo afetivo e ai entra outros fatores (filhos, família, emprego), ou ela se mantêm na relação mesmo sabendo que a tendencia é piorar seja por medo, dependência afetiva, financeira, e a segunda pergunta é para onde ela pode ir ? Pedir ajuda e se realmente ela será ajudada, pois hoje em dia as estatísticas não mentem e o descaso da justiça com essas mulheres é grande , quantas vitimas de abuso hoje deixam de prestar queixa por medo que sua queixa não seja ouvida , ou por medo de retaliação dos parceiros ? Família? Ou por medo que a própria justiça no qual deveria aparar e cuidar acabe apontando o dedo e julgando essa vitima?
Qualquer pessoa vítima de violências num todo ainda é vítima e deve ser tratada como tal, não há justificativa plausível que diminua a intensão do autor de uma violência, seja batendo, caluniando, ofendendo, abusando, assediando, qualquer uma dessas atrocidades acima citadas são crimes e como tais devem ser punidos.
Minha mensagem a você mulher que sofre que passou ou passa por uma violência em casa, que está numa relação tóxica, que precisa de ajuda é denuncie, saia de perto do autor, peça ajuda, você não esta sozinha.

Leis que amparam e protegem os direitos das mulheres

• Lei Maria da Penha (11.340/2006): Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e estabelece medidas de assistência e proteção.
• Lei Carolina Dieckmann (12.737/2012): Tornou crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados particulares.
• Lei do Minuto Seguinte (12.845/2013): Oferece garantias a vítimas de violência sexual, como atendimento imediato pelo SUS, amparo médico, psicológico e social, exames preventivos e informações sobre seus direitos.
• Lei Joana Maranhão (12.650/2015): Alterou os prazos quanto a prescrição de crimes de abusos sexuais de crianças e adolescentes. A prescrição passou a valer após a vítima completar 18 anos, e o prazo para denúncia aumentou para 20 anos.
• Lei do Feminicídio (13.104/2015): Prevê o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, ou seja, quando crime for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino
Numeros a que se pode pedir socorro

ligue 180
disque 100

ARTIGO POR CAROLINA VALLER BALDIN.