A Vigilância em Saúde de Palmas, no Sudoeste do Paraná, emitiu nesta terça-feira (12), um alerta para população sobre os riscos da febre amarela. A iniciativa está relacionada ao período do ano, quando a maioria sai férias e viajam para destinos diversos. A orientação é para as pessoas evitarem possíveis contatos em áreas de risco.
A febre amarela é uma doença infecciosa viral aguda e transmitida por mosquitos presentes em países da África e das américas Central e do Sul. A transmissão pode ocorrer de duas formas: silvestre e urbana. Mas se trata de uma só doença, lembra o diretor do Departamento de Saúde, Alex Constantini.
No ciclo silvestre, os vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes, que transmitem a febre amarela ao picarem um macaco doente e, em seguida, uma pessoa. No ciclo urbano, o veículo do vírus é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue.
Circulação do vírus
De acordo com Constantini, a decisão de incluir uma área, em situação de risco, não é tomada somente quando acontece um surto epidêmico. “Mas sim, a partir de situações nas quais existe a preocupação de que a doença chegue à população”, afirmou.
“A notificação de casos de febre amarela em humanos e em macacos e a identificação do vírus em mosquitos capturados são meios fundamentais para evitar a transmissão”, ressaltou o diretor de Saúde.
O aumento da circulação da população nas regiões afetadas e as falhas no controle epidemiológico de países vizinhos são prováveis motivos para a ampliação das áreas onde a vacinação é recomendada. Segundo a chefe da Vigilância em Saúde, Karine Tobera, hoje as pessoas têm mais acesso a viagens, com o crescimento da classe média.
“Com o período de férias chegando os aeroportos estão lotados e dai parte a nossa preocupação”, disse. Mesmo que não exista a chance de transmissão de pessoa a pessoa, nem de animal para pessoa, a presença do Aedes aegypti em muitas cidades brasileiras é um fator que justifica a atenção da vigilância.
Embora remota, a reurbanização da febre amarela no Brasil não é descartada. A enfermeira Suzana Amadori explica que o vírus circula em áreas urbanas onde há o vetor. “A vacina é oferecida gratuitamente em postos de saúde municipais ou estaduais. Para garantir imunidade, precisa ser tomada no mínimo dez dias asubsentes da viagem”, informa.
Para a chefe da Vigilência Epidemiológica, Marilde Antunes Bueno, a revacinação é um procedimento que se justifica pela análise dos dados sobre o tempo de imunidade dos vacinados. “A vacina é barata, eficaz e relativamente segura. Os eventos adversos graves são raros, de um caso para um milhão de pessoas vacinadas”, argumenta.
Outro dado a favor da aplicação da segunda dose da vacina depois de dez anos é o fato de os eventos adversos graves, que já são raros na primeira dose, serem quase inexistentes nas doses quentes. As exceções são as reações anafiláticas e outras, de natureza alérgica, que podem ocorrer nas doses de reforço porque houve sensibilização na primeira dose.
Fonte:Assessoria de Comunicação