A primeira etapa de construção do Complexo Eólico Palmas(CEP) II terá início nos primeiros meses do próximo ano com a implantação da usina Tradição Piloto, com potência instalada de 6,6 MW. Ao todo o projeto totalizará 200 MW, através de oito complexos geradores. O empreendimento associa as empresas Enerbios, Ventos do Sul, Cia Ambiental e a alemã, Innovent.
O anúncio das obras, ocorre após a Agência Nacional de Energia Elétrica(ANEEL) manifestar, na última semana, que aceitou toda a documentação apresentada pela ENERBIOS, empresa paranaense, do Grupo ENERCONS, para a emissão da Outorga de Autorização de Geração. No CEP serão investidos R$ 1,8 bilhões, maior vulto que a iniciativa privada está projetando para ocorrer nos próximos anos no Estado do Paraná, apresentando algumas características inovadoras.
“Queremos aproveitar a excelente jazida de ventos de altitude na região de Palmas, instalando as torres mais altas já construídas no Brasil até agora”, afirma, Ivo Pugnaloni, presidente da ENERBIOS e responsável técnico pelo projeto. Anunciou que a construção começará já em fevereiro de 2019, com a instalação de três torres que comporão a primeira fase de implantação do empreendimento. “A energia desse primeiro Parque Eólico, denominado “Tradição Piloto”, com 6,6 MW, já está vendida.” Permanecemos abertos a novos investidores nacionais e estrangeiros, bem como de empresas interessadas na aquisição de energia renovável e muito mais barata do que no mercado regulado cativo.”, destacou.
O Diretor da INNOVENT no Brasil, empresa alemã associada ao empreendimento, Paulo Yazbek, será a utilizado um tipo de torre construída com treliças, muito usadas na Europa, na China e na Índia, mas ainda desconhecidas no Brasil, para suportar os aero geradores de 120 metros de altura, já que estas possuem igual resistência, mas sofrem muito menor tração lateral do vento.
O Diretor da Ventos do Sul, Ivan Gilioli, reiterou que a intenção é contratar parte dos serviços e produtos na região de Palmas, pois esta já se notabiliza em todo o Brasil como uma região fornecedora de serviços especializados no setor eólico. “Encontramos vários cidadãos e empresas da cidade trabalhando na Bahia, no Rio Grande do Norte, onde a COPEL já possui vários parques.
O Diretor da Cia Ambiental, Pedro Fuentes Dias, lembrou que em abril de 2018, o empreendimento eólico já teve seus documentos ambientais submetidos a uma Audiência Pública promovida pelo IAP, Instituto Ambiental do Paraná, para a apresentação dos Estudos de Impacto Ambiental – EIA e Relatório de Impacto Ambiental, com a presença de mais de 200 pessoas no Centro Cultural Dom Agostinho. Informou que agora falta apenas o parecer Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN), que deverá manifestar-se sobre os estudos de arqueologia.
CEP II será todo construído no lado paranaense às margens da PRC 280, na região do Horizonte em Palmas/PR – pioneiro na geração energia eólica no Brasil
FONTE: SITE RBJ