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sábado,2 novembro,2024
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Mãe de Daniel presta depoimento e fica diante de acusados: “Quero olhar na cara deles’’

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A mãe do jogador Daniel Correia Freitas, Eliana Corrêa, presta depoimento à Justiça na tarde desta terça-feira, no segundo dia de audiências de instrução do processo sobre a morte do atleta. É a primeira vez que a mãe de Daniel é colocada diante dos sete réus do processo. As informações são do G1/PR e da RPC.

Além dela, outras oito pessoas devem ser ouvidas pela juíza Luciani Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Quatro delas são parentes de Daniel.

O objetivo de ouvir os familiares do jogador é traçar um perfil de Daniel, morto no dia 27 de outubro após a festa de aniversário de Alana Brittes. Edison Brittes Júnior, pai de Alana, é réu confesso pelo homicídio do atleta.

A defesa de Brittes sustenta que ele cometeu o crime sozinho, e que Edison agrediu e matou o jogador porque Daniel tentou estuprar Cristiana Brittes, esposa dele.
Pela manhã, três testemunhas sigilosas foram ouvidas pela juíza. As três estavam na casa da família no dia do crime. Uma delas afirmou em depoimento à Polícia Civil que ouviu Cristiana falar para Edison Brittes “não deixa matar ele aqui dentro de casa”.
Mãe do jogador
Ao chegar do interior de Minas Gerais, onde mora, para as audiências nesta segunda-feira, a mãe de Daniel disse que está se preparando há meses para este momento, e que chegou a fazer terapia para isso.

– Eu quero olhar na cara deles, para ver quem são essas pessoas que tiveram coragem de fazer isso com o meu filho (…) eu tenho pena deles. Pena, porque, que vida eles vão ter? A sociedade toda discrimina, então, eles não tem mais vida, afirmou Eliana.

Primeiro dia
No primeiro dia, os réus não puderam acompanhar as audiências na mesma sala, a pedido das testemunhas. Eles ficaram em uma sala ao lado e puderam ouvir o que foi dito.

As três testemunhas foram ouvidas em uma sala com espaço para aproximadamente dez pessoas.

Veja, abaixo, pelo que cada um virou réu:
Edison Brittes Júnior – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo;
Cristiana Brittes – homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
Allana Brittes – coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
Eduardo da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
Ygor King – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
David William da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
Evellyn Brisola Perusso – denunciação caluniosa e falso testemunho.

Relembre o caso
O jogador Daniel Correa foi morto depois de participar das comemorações pelo aniversário de 18 anos de Allana Brites. A festa começou em uma casa noturna, em Curitiba, e se estendeu à casa da família Brittes, em São José dos Pinhais.

Em uma entrevista exclusiva à RPC, Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, confessou o crime. Ele também afirmou ter matado o jogador, ao prestar depoimento à Polícia Civil.

A defesa de Edison afirma que Daniel tentou estuprar Cristiana, esposa de Edison, e defende que o réu matou o jogador para defender a mulher. Segundo a investigação, Daniel tirou fotos ao lado de Cristiana, no quarto do casal, antes do crime.

De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público, não houve tentativa de estupro.

O jogador foi espancado na casa da família, e levado de carro até um matagal, onde foi mutilado e morto.

Fonte: g1

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rodada do final de semana da Taça Ivo Ribeiro.

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Está em andamento desde o dia 09 de dezembro de 2018 a XXII Taça Ivo Ribeiro de Moraes, que conta com 28 equipes, sendo 8 na primeira divisão e 20 na segunda, a competição se estende até o último final de semana do mês de março.

Resultados da quinta rodada realizada no último domingo dia 10/02/2019:

Local: 15ª Cia Engenharia de CMB MEC

– M.S. Construções 05 x 05 J.L. Forte acessórios

– Atlético Nacional 00 x 05 Milagres Acontecem

– Olímpia 01 x 01 Esporte Clube Condá

Local: Estádio Municipal Dr. José Ferreira de Almeida

– E.C. Butiá 04 x 02 Os piá do zini

– Mercado Ribeiro/ Casa Bannake 02 x 01 Esporte Clube Cristal

– Os piá gela homer 02 x 01 E.C. Colorado

Confrontos da próxima rodada domingo dia 17/02/2019:
Local: 15ª Cia Engenharia de CMB MEC

09:30 –M.S. Construções x J.C.T. Juventude

13:30 – Auto Fácil Automóveis x Borracharia Padilha

15:30 – Atlético Nacional x Sirius

Local: Estádio Municipal Dr. José Ferreira de Almeida

10:00 – Elite “B” x J.L. Forte acessórios

13:30 – Vila nova “A” x Milagres acontecem

15:30 – Heros salgados/Foscarini x Os macanudos

Fonte: https://pmp.pr.gov.br

Cachorros e Gatos abandonados nos bairros de Palmas revolta a população

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Já é de costume essa triste realidade que vem acontecendo no município de Palmas, fato este que vem acontecendo há muito tempo! Pessoas desumanas ou mal amadas própriamente dito, abandonam animalzinho indefeso como se fosse objetos descartáveis, nem ao menos tem a noção que os bichos ficarão a mercê do tempo, sem lar e sem afeto; e o mais triste é a luta diaria em busca de sua sobrevivência, a fome, a sede e o desafio de um novo lar é um dos obstáculos predominantes dos pobres bichinhos!
Algumas polêmicas se tornam rotineiras e incomuns ao longo do percurso há exemplo das pessoas que abandonam o animal aventurando a sua própria sorte. Até existe alguns moradores comovidos pelo descaso da situação ao perceber o sofrimento do animal abandonado faz com que automaticamente de um tratamento diferente que ao do antigo dono do animal, tratamento louvável por dica-se de passagem! Observação: Nem todos agem desta forma!
Fato curioso dessa matéria é que algumas pessoas procuraram a equipe do jornal para tornar público essa lamentável situação (abandonos dos animais), mas por ironia do destino um gatinho apareceu na redação do jornal e sem ao menos nós da equipe saber quem o abandonou? Uma gatinha pequena de cor preta e branca e bem peludinha, muito bonitinha! Se por acaso alguém quiser adotar o bichinho, é só vir buscar.
Voltando aos fatos gostaríamos de ressaltar que ficamos todos indignados pelo descaso e pela falta de conscientização das pessoas que não enxergam o tamanho da maldade que vem fazendo com os animais indefesos e que essa injustiça vem trazendo consequências lamentáveis para sociedade.

Fonte:Jornal Destaque Regional
Por Jocemar Ferreira da Silva
Foto: Internet

CADÊ O PREFEITO?

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Segundo comentários populares e o que paira no ar, hoje vem ganhando uma repercussão na sociedade palmense é sobre a ausência do prefeito municipal de Palmas, comentários estes que vem deixando vários questionamentos, um deles que está na boca da população é o por quê que o vice não assumiu a prefeitura? Muitos boatos e fatos curiosos vem rondando o poder Executivo e Legislativo de Palmas, no qual em breve a população terá algumas surpresas, aguardem! Mas voltando ao Executivo Municipal, muitos boatos vem despertando a curiosidade da população e o povo quer saber! Onde está o Prefeito? Qual o motivo da sua ausência? Por que o vice não assumiu seu lugar enquanto o prefeito não estava desempenhando o seu papel a frente do Poder Executivo?Qual será o posicionamento do Ministério Público referente a esse caso?
Um dos representantes da população (vereador) em entrevista a um meio de comunicação colocou seu posicionamento comentando sobre a falta de respeito do prefeito municipal com a população e com o Poder Legislativo que não foi consultado sobre sua ausência, segundo o vereador diz que não houve um afastamento legal, não houve uma autorização legislativa e não é o vice prefeito que está respondendo no comando do executivo municipal, e o prefeito deveria cumprir o tramite legal que é comunicar a Casa de Leis e pedir autorização legislativa e convocar o seu vice para suas funções.
Palmas hoje está sem prefeito e os comentários continuam rodando na boca da população, e a pergunta que fica, é: ‘‘Cadê o Prefeito e quais as providências que o Ministério Público tomará referente a esse caso?’’
Vamos aguardar e esperar a continuação nas próximas edições do Jornal Destaque Regional.

Fonte:Jornal Destaque Regional
Por Jocemar Ferreira da Silva

Depilação a Laser

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A depilação a laser é um tratamento específico para eliminar os pelos indesejados de forma duradoura. Ele garante a eliminação de 60% a 99% dos pelos, sendo necessária a manutenção a cada 6 meses.Comparando com todos os aparelhos existentes no mercado, o Vectusé o mais seguro para peles negras e bronzeadas, o que dói menos e o que precisa de menos sessões. O Vectus é uma versão muito melhorada do light sheer, pois tem uma ponteira super resfriada. Além disso é o único que consegue medir a melanina da pele, indicando a melhor energia a ser usada, com isto evitando queimaduras, sendo mais seguro em peles bronzeadas e negras. O Vectus otimiza a energia utilizada fazendo com que os pêlos sejam eliminados com menos sessões.A depilação a laser pode ser feita em qualquer pessoa ,homens, mulheres a partir dos 12 anos de idade que queira diminuir os pelos e é uma excelente opção para o tratamento de pelos encravados (pseudofoliculite). Antes de cada sessão de depilação a laser os pelos são raspados. Como o paciente pode sentir desconforto durante a aplicação, podemos aplicar um creme anestésico. O intervalo entre as sessões deve ser de 30 dias.A cada sessão observamos novas áreas de falha de crescimento dos pelos. A princípio os pelos que pararam de crescer não voltam mais, alguns podem voltar se houver alteração hormonal por algum motivo e estes hormônios estimularem as stem cells a produzirem novos pelos.

Fonte: Luciana Tonial.

LIGHT OU DIET QUAL O MELHOR PARA EMAGRECER?

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Produtos diet são produtos alimentares que sofrem modificação de sua fabricação original pela retirada de um nutriente específico.
Em sua maioria os produtos diet possuem retirada total de açúcar e, normalmente, são desenvolvidos para indivíduos com patologias específicas, como diabéticos. Apesar de terem certos nutrientes excluídos de suas fórmulas, não necessariamente, possuem menos calorias ou são mais saudáveis, pois, geralmente, apresentam outro nutriente em maior quantidade, para compensar a falta daquele retirado. Dessa forma, é um erro pensar que chocolate diet pode ser consumido à vontade por indivíduos que desejam emagrecer, uma vez que, apesar de não apresentar açúcar em sua fórmula, tem grande quantidade de gordura.
Os produtos light, por sua vez, possuem uma redução na quantidade de alguns nutrientes (açúcar, gordura, sódio) ou nas calorias totais. São desenvolvidos, normalmente, para dietas com restrição calórica ou de algum nutriente, como o sódio para hipertensos. Apesar de apresentarem redução de nutrientes e/ou calorias, esses alimentos não promovem a perda de peso e, se consumidos em excesso, podem até aumenta-lo.
Portanto meus caros leitores, se querem mesmo emagrecer, serão quatro pilares essenciais: Mudança de Hábitos, Alimentação saudável, Exercícios regulares e um descanso adequado para o corpo.

Quer saber mais sobre emagrecimento?
Então me segue nas redes sociais: @joziasfortunatopersonal ou de meu colega @personal.davidcosta. Nos chama para um bate papo que iremos lhe propor uma solução definitiva para seu emagrecimento.

Jozias Fortunato
(Cref: 028591-G/PR)
Personal Trainer
Coach de Emagrecimento
Especialista em Treinamento Personalizado para Emagrecimento
WhatsApp: (46)984006452

Qual é o segredo Bebianno?

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O escândalo dos laranjas do PSL caiu como luva como álibi ao clã Bolsonaro voltar à carga. O PSL lançou candidatas de fachada para manipular dinheiro do fundo público de financiamento de campanhas reservado às mulheres. A palavra ‘laranja’ é empregada a quem, ingenuamente ou não, tem seu nome envolvido em fraudes financeiras cujos ganhos são pequenos.

Em reportagem ao Jornal O Globo, 17 de fevereiro, Gustavo Bebianno, então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, disse que Bolsonaro é uma pessoa louca, um perigo ao Brasil, e continuou: “quando acabar vou dar satisfações’, avisando que não cai sozinho. O ministro desabafou que considerou uma covardia o fato de Jair Bolsonaro não ter tido coragem para demiti-lo e considerou inaceitável assumir o cargo de diretor em Itaipu quando Bolsonaro lhe ofereceu como compensação. Não esqueçamos de que o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio também foi alvo de suspeitas sobre o uso de candidaturas laranja, em Minas Gerais, em 2018.

Tal crise demonstra que o presidente demonstra inabilidade como gestor de crises e operador político. Seus três filhos, iniciando por Flávio (senador) envolvido com Queiroz e milícias; Carlos (vereador) acabou de fritar Bebianno e declarar que anda armado ao lado do pai, e por fim, Eduardo (deputado federal), aquele que gosta de despachar cabos e soldados para fechar o Supremo. Admita-se que a influência dos filhos sobre o presidente é algo incontornável e dá a impressão de que o presidente não comanda nem sua própria cadeira. Quanto aos ministros e pessoal de segundo escalão, vê-se um conjunto de pessoas despreparadas, sem qualificação técnica para administrar questões complexas para um país como o Brasil.

Mudando de assunto, o pacote de combate ao crime de Moro gera preocupação à elevação das penas e à redução de benefícios. Um dos principais problemas da segurança pública é a superlotação dos presídios. De nada adianta elevar penas e trancafiar mais pessoas nas abarrotadas prisões brasileiras se a capacidade de esclarecimento dos crimes não aumentar, e também é preciso assegurar aos acusados meios para se contrapor ao poder do Estado. Dá a impressão de que o proponente do projeto não conhece o sistema prisional brasileiro: não há mais vagas, e lá tornou-se um celeiro de mão de obra às organizações criminosas como o PCC. Um juiz não pode apenas pensar em mandar o réu à prisão, mas articular com seus pares como recuperá-los para retornarem ao convívio em sociedade. Ações assim aumentarão a população carcerária.

Passa a impressão de que faltou ao projeto visão de conjunto do direito penal brasileiro. Também é decepcionante a inclusão no pacote de medidas que ampliam o conceito de legitima defesa e as hipóteses em que os policiais que matam em serviço podem ficar impunes. Essa mudança pode alimentar a violência, em vez de reduzir o crime e os riscos que os policiais enfrentam. Os policiais podem sair livres se matarem um suspeito em razão de escusável medo, surpresa ou violenta emoção. Isso, na prática, permitirá que policiais matem em serviço, passando a impressão de um incentivo à matança indiscriminada em periferias e favelas. Na semana passada, um segurança do Hipermercado Extra assassinou um rapaz em público, foi indiciado apenas como homicídio culposo, pagou fiança e foi para casa.

Outros fatos como a permissão ao juiz de fixar período mínimo de cumprimento da pena em regime fechado viola diversos princípios constitucionais como individualização da pena, dignidade da pessoa humana e princípio da isonomia, sem falar que vai contra a Constituição. Esses fatos devem ter sua constitucionalidade questionada pelo STF. Parece que quer criar um país policialesco, com aparato estatal como máquina do medo, chantagem e extermínio.

É preocupante a mensagem do presidente enviada ao Congresso no início de fevereiro, na abertura do ano legislativo: além de conservar o tom de campanha, a mensagem é confusa e cheia de contrariedades, demonstrando que foi construída por várias mãos, assim como o texto lido em Davos. Na verdade, desde 1º de janeiro, o país tem um presidente que jamais havia ocupado o poder executivo pelo voto; e é visível que ele e sua equipe não têm experiência com a coisa pública.

Bolsonaro é um homem que não pertence às elites nem fez nada de excepcional, mas representa amplamente o homem mediano brasileiro: homem parecido, abandonando a ideia de que aquele que é considerado o melhor deve ser escolhido para governar num conceito baseado na democracia. Percebe-se uma violência anti-intelectualista da nova classe média, que provém de uma falsa educação. O que está acontecendo com o Brasil?

VOCÊ É UMA PESSOA OTIMISTA?

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Todo otimista é persistente. Ele nunca desiste diante de um obstáculo.
Todo otimista sempre tem um plano de ação.
O otimista não se deixa abater.
O otimista sempre aprende com as dificuldades e cria novas saídas.
O otimista sempre vai preferir ser feliz.
O otimista sempre está rodeado de amigos. Todos gostam de ficar perto de pessoas positivas e alegres.
Os otimistas sempre dão o primeiro passo.
Os otimistas sonham muito e improvisam na mesma medida. E seus planos são conquistados, pois sua força de vontade é intensa para colocar tudo na prática.
O otimista nunca perde de vista o lado positivo de uma experiência negativa.
Os otimistas sempre focam o sucesso e não o que pode lhes impedir.
O otimista não dá desculpas. Vai em busca da solução.
Os otimistas sabem rir de si próprios. O melhor jeito de viver mais descontraído.
O otimista enfrenta os desafios om coragem e determinação. Ele acredita que pode vencê-los.

Saúde domingossoarense recebe ambulância nova

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Saúde domingossoarense recebe ambulância nova
O departamento de saúde do município de Coronel Domingos Soares/PR recebeu nesta semana uma ambulância no valor de R$ 80 mil, conquistada através de recursos do Governo Federal. A prefeita Dona Maria comemorou a chegada do veículo que passa a compor a frota de carros da municipalidade. Segundo ela a ambulância trará comodidade aos pacientes que precisarão se deslocar com rapidez no município. A finalidade da nova ambulância será o transporte de paciente de baixo risco e atendimento emergencial dentro do perímetro urbano de Coronel Domingos Soares/PR e estará a disposição dos pacientes em alguns dias.

Por: Repórter Alencar Pereira.

“Advocacia forte é sociedade bem defendida”, afirma presidente da OAB Estadual em entrevista.

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Em entrevista concedida, o presidente da OAB Paraná reafirma que a advocacia é a voz forte do cidadão perante o Estado e, por isso, precisa ser fortalecido em tempos de ânsia por punição, para que a sociedade seja bem defendida.Clamor por punição no Brasil pede vigilância por direitos.Além de aplicar o temido Exame de Ordem e fazer o controle disciplinar da profissão, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) tem a defesa da Constituição, da democracia e dos direitos humanos entre suas atribuições – papel que remete à sua histórica participação na campanha das Diretas Já, para citar um de seus capítulos mais emblemáticos.Em tempos de clamor da sociedade por punição e por respostas rápidas da Justiça no Brasil, zelar por estes princípios inclui dedicar uma atenção especial às chamadas “prerrogativas” da advocacia – que asseguram, por exemplo, o sigilo da conversa entre cliente e advogado.As prerrogativas serão o carro-chefe de Cássio Lisandro Telles à frente da OAB Paraná no triênio 2019-2021. O advogado de Pato Branco assumiu a presidência do órgão de classe em janeiro. Em entrevista, ele falou sobre o foco na defesa destas garantias e comentou questões colocadas para o campo dos direitos no atual cenário político e social do País.A depender da gestão, pode-se dar um foco maior ou menor a cada uma das linhas de atuação da Ordem. O que o senhor pretende fazer?Hoje, eu vou cuidar de um carro-chefe que é a defesa das prerrogativas da advocacia. O advogado é a voz do cidadão. O advogado tem um múnus público [dever] e tem de falar pelo cidadão perante o Poder Judiciário de forma destemida. Ele é inviolável em suas manifestações e deve ser inviolável também em seu escritório. E também deve ser inviolável em suas comunicações com o cliente. A gente sempre diz que isso não é um privilégio da advocacia. É uma garantia de que o cidadão pode contar com alguém que possa se impor contra um eventual abuso de poder, contra o arbítrio. E para isso você precisa ter um advogado fortalecido, porque nem sempre o cidadão vai conseguir, por si mesmo, se impor. À medida que você tem um advogado forte, você vai ter uma sociedade bem defendida.Há uma ameaça a essas prerrogativas atualmente?Hoje, você tem uma ânsia muito grande de punir por conta de todos os maus exemplos que a gente viu acontecer no País. É natural que, quando se tem um movimento que procura punir – e a sociedade também começa a exigir respostas rápidas, porque a Justiça às vezes demora demais -, você comece a encontrar ideias no sentido de restringir a defesa, diminuir o campo da defesa para sumarizar o processo. É algo a que a gente está sempre atenta.Que ideias são essas?Por exemplo, o uso de provas ilícitas para se justificar uma condenação. Isso chegou a ser defendido nas dez medidas contra a corrupção. A relativização do habeas corpus. Essas medidas começaram a ser discutidas no Brasil. E você percebe um consentimento não tão esclarecido da sociedade. Mas a sociedade também tem de enxergar que o poder deve ser exercido em nome do povo, e não contra o povo. Então, a Ordem sempre teve esse cuidado de estar vigilante no sentido de que não haja um empoderamento muito grande. Há uma equação: quando o poder começa a ficar muito forte, é porque você está tirando alguma coisa da sociedade, e vice-versa. Você tem que encontrar esse equilíbrio.O Estado brasileiro está se agigantando neste sentido, de uma forma perigosa, até?Não diria, ainda, perigosa. Mas eu diria que iniciativas como as que citei preocupam. Essas medidas não foram aprovadas – foram retiradas, inclusive, do texto das dez medidas. A Ordem atuou bastante neste sentido.Você também vê esta tendência na repressão?Quando o Estado utiliza a força, tem que lembrar de princípios da Constituição que protegem o cidadão. O princípio da presunção de inocência, da vedação do uso de provas ilícitas e da tortura continuam em vigor. Hoje, ainda temos a previsão de que o cidadão, ao ser preso, tem direito de conversar imediatamente com um advogado – e essa conversa tem de ser em sigilo. Isso ainda está na Constituição. O uso da força é necessário, mas não pode ser feito às custas da violação das garantias fundamentais do artigo 5.º da Constituição [Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos]. Tem que haver equilíbrio.Uma questão em que parece haver especial divergência entre o clamor social e o entendimento no meio jurídico é a do encarceramento. Qual é sua visão sobre isso?A leitura que se faz na sociedade, hoje, do sistema carcerário, é uma leitura do quanto pior melhor. Precisamos entender que a pena tem várias funções. A punição e a repressão são uma, mas existe a função da recuperação, que é o ideal maior. O Estado também tem que cuidar da regeneração do encarcerado. Num ambiente prisional como o que a gente vê hoje, extremamente faccionado, o encarcerado está sendo um perigo para a segurança pública enquanto está preso. A sociedade precisa enxergar que, desta forma, nós mesmos, cidadãos de bem, acabaremos sendo vítimas de um sistema prisional que, hoje, por falta de investimento, por falta de organização, acaba se tornando uma escola do crime.Como receberam o pacote anticrime do ministro Sergio Moro?Vamos fazer um estudo aprofundado dessas medidas. Num primeiro momento, a gente percebeu que não há nas novas medidas nenhuma observação ou menção à advocacia, nem mesmo no plea bargain. Não se fala sobre qual seria a participação da advocacia – que é, no tripé do judiciário, encarregada do direito de exercício da defesa. O próprio plea bargain é uma questão nova, que precisa ser discutida. O conceito do medo justificável na criação de novos excludentes de criminalidade [em caso de ações letais de policiais] também é novo e precisa ser melhor analisado. Como disse, são várias medidas que foram propostas e vamos fazer uma análise sobre tudo isso. O que a gente sempre coloca é que deve haver equilíbrio; quando você tem um poder muito forte, há sempre um risco de desvirtuamento, e quem sofre é quem fica sob a égide do poder – a sociedade.Alguma das propostas preocupa mais?O plea bargain. Acho que precisaria, ainda, aprofundar mais. O País ainda não está em condições. Não temos uma defensoria bem estruturada; não temos uma defesa, ainda, com paridade de armas. Acho que teria que passar por uma ampla discussão para haver equilíbrio. A gente não pode pensar só em rapidez e, com isso, sacrificar valores que são fundamentais para o cidadão. Eu diria que é prematuro implementar isso no País. Me parece uma iniciativa de Justiça promovida pela acusação.Quais são os riscos?Mesmo nos EUA, onde isso existe, há críticas a um amedrontamento por parte do Estado, que ameaça punir e aí propõe alguma negociação. E, às vezes, há até inocentes confessando para poderem se livrar de um eventual risco. Acho que tudo isso tem que ser feito, se acontecer, com o fortalecimento da advocacia.Como vê a iniciativa do pacote, como um todo?Medidas para combater a criminalidade não podem ser só medidas de reforma de lei. O Brasil tem outras situações muito mais sérias. O próprio investimento em segurança pública é baixo. A situação carcerária do país é um desastre. Somente endurecer a lei e encarcerar mais não vai resolver o problema da segurança no País. Essa legislação vem não apenas para combater a corrupção, que é um desejo de todos os brasileiros. Há um conjunto de normas muito mais amplo, que afeta a vida de todos os cidadãos. Se houver inconstitucionalidades, vamos combatê-las.A última eleição levantou, em alguns setores, preocupações com retrocessos em direitos humanos. Você vê riscos?A Constituição ainda protege bastante, há garantias que ainda estão aí. Nós temos que comemorar, porque passamos por turbulências, solavancos, denúncias. Mas a gente está indo no caminho da preservação da democracia. Acho que isso é fundamental, e vai avançar. Se você olhar o histórico desde a Constituição de 1988, há uma evolução – a organização dos estatutos da cidadania, o aprimoramento da legislação eleitoral, do combate à corrupção, às organizações criminosas e à lavagem de dinheiro. Você percebe que o Brasil está se organizando. Eu percebo que o horizonte é bom, apesar de muita gente achar que não.O Paraná tem questões que exigem olhar mais atento da Ordem?O Paraná é um Estado diferenciado em relação ao restante do País por sua condição econômica, social. Eu diria que temos a condição de implantar algo que, para mim, é uma chave para o futuro da Nação: a cidadania responsável. Acho que os órgãos da sociedade civil organizada, a exemplo da OAB, das federações e associações, podem implementar, hoje, uma grande política de cidadania responsável através do controle da administração pública. Acho que nós só vamos avançar em termos de combate à corrupção e melhoria da administração pública, à medida que nós, cidadãos, nos interessemos também em acompanhá-la.

Fonte: Por Repórter Alencar Pereira.

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