Verdade ilusória

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Diante de insistentes passeatas, defendendo o indefensável, parece que no Brasil há dois partidos: um lado defendendo o sistema econômico totalmente liberal, cruel com os mais pobres e incapazes; e o outro, uma sociedade mais justa com igualdade a todos. Sabe-se que o cérebro humano depende das coisas que já ouviu antes para se orientar. Se todos são sujeitos à influência da propaganda repetida, haveria esperança de combater tanta desinformação que os cerca? Com a verdade, o cérebro é inclinado a tomar como verdadeiras informações que seja capaz de interpretar mais facilmente. Essa fluência é tanto maior quanto mais habituado àquela informação: ‘uma mentira repetida várias vezes começa a parecer verdade”.

É importante entender que sair às ruas para defender uma pessoa que já foi comprovado que manipula informações e pessoas, pedir para querer fechar o Supremo Tribunal Federal e o Congresso? Parecem atitudes anticonstitucionais e absurdas. Os meios de comunicação, principalmente o Grupo Globo, tem mentido à população. As recentes reportagens do site “The Intercept” trazem à tona novos e chocantes elementos para comprovar a verdade histórica sobre perseguições judiciais. Extravagâncias de autoridades fazem mal à democracia. O bom governo é comedido e apreciador aos seus limites eficazmente.

A presidência minoritária, em relação estressada com o Congresso, recusa-se a aceitar decisões parlamentares, preferindo governar por decretos e convocando sua base social para, em passeatas, pressionar instituições democráticas e causar instabilidade política. Essa paralisia decisória desalenta um quadro econômico e social: a economia brasileira está parada. É muito perigoso o governo frustrar expectativas econômicas de um país. O Brasil está em recessão, economia parada, desemprego altíssimo, renda pessoal insatisfatória e sensação geral de empobrecimento e, ainda mais, falta de perspectivas.

Em seis meses de governo, foram editados sete decretos sobre armas, mas não se estabeleceu ainda um consenso na reforma da Previdência, e é possível que no dia seguinte dessa reforma haja paralisia decisória ou aprovação de medidas menores que não recolocam o país em trajetória de crescimento sustentado. A tal reforma não produzirá apreciável redução da taxa de desemprego ou propiciará crescimento e desenvolvimento econômico. As incertezas são imensas. O dia seguinte será construído no dia seguinte: não haverá planos e sim meses de paralisia decisória até o sistema político se reposicionar de acordo com os impactos da reforma sobre o funcionamento geral da economia.

Será que algum dia as pessoas facilmente manipuláveis perceberão que foram usadas por grupos econômicos para vender o patrimônio do Brasil e entregar o país ao capital estrangeiro, destruindo a economia nacional, os empregos, a família e a sociedade? A verdade na mídia é ilusória!