Vacinação: urgente!

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Margaret Keenan, 90 anos, foi a primeira pessoa a receber a dose da vacina Pfizer/BioNTech em um hospital de Coventry, região central da Inglaterra. Este ato inaugura a esperança à humanidade. Outros países como EUA, Rússia e China também começaram a vacinar cidadãos. Não vacinar é o maior absurdo e erro político que pode ser cometido pelo governo de um país pois, quanto mais demorar para vacinar a população contra o covid-19, mais gente morrerá.
Líderes de outros países se desdobram para conseguir vacinas, e fazem questão de ser os primeiros a receber a injeção diante das câmeras, enquanto o representante maior do governo brasileiro não cessa de dar declarações que diminuem a gravidade da epidemia, aparecendo sem máscara, sabotando propostas de imunização sugeridas pela OMS.
É hora de deixar de lado a irresponsabilidade e liderar o Brasil, nação de 212 milhões em um dos momentos mais dramáticos da história. Mais de 180 mil pessoas morreram de covid-19; sabe-se que a pandemia está fora do controle e enlutará cada vez mais famílias. Com sensação de abandono, a população brasileira assiste aflita a muitas centenas de óbitos diários. Perder tempo é desperdiçar vidas brasileiras, o bem mais precioso.
A vacinação contra o covid-19 deve ser tema de concórdia, cooperação e harmonia entre todos os que têm alguma responsabilidade às questões da saúde pública. Enquanto isso, observa-se que a corrida pela vacina tornou mais do que apenas uma questão de saúde pública, mas sim um jogo de poder, prestígio e influência que governantes conseguem demonstrar força e sapiência tecnológica.
É trágico saber que os 180 mil mortos não abalaram de modo decisivo a opinião da população nem a popularidade de Bolsonaro. É possível que parte das pessoas esteja perdida a respeito a possíveis risco da não vacinação contra o covid-19. Nossas carências educacionais são gigantes, em especial, no que se refere à compreensão pública da ciência.
No luto, compreende-se que a vida é sagrada; caso contrário, segue-se o retorno a um mundo brutal, sem lei, ciência, e arte, vivendo a lei da selva. Não se pode desrespeitar às leis e aos direitos alheios, pela falta de remorso ou culpa com tendência para mostrar comportamento violento.
Enquanto Bolsonaro declara que “a epidemia está no finalzinho” e não iniciando a segunda onda, posa em ócio despreocupado, protagonizando cena assustadora no momento de combate à pandemia, inaugurando vitrine com os trajes usados na posse presidencial no Palácio do Planalto. Também se preocupa em derrubar impostos para importação de armas, prejudicando o erário ou age apenas usando a Abin em defesa dos filhos.
Os epidemiologistas afirmam que se a população continuar nesta letargia, ao final de 2021, haverá 800 mil mortes. Esse fato é assustador e não se pode ficar calado, como a maioria dos brasileiros, adormecidos e dominados por uma política que desvaloriza a vida e silencia diante da morte de milhares de brasileiros!