Tudo o que você precisa saber sobre a equoterapia

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Imagine uma pessoa com deficiência física. Ela não consegue andar, tem os movimentos limitados e pouca interação social. Agora tente visualizar essa mesma pessoa saindo da cadeira de rodas direto para o lombo de um cavalo e andando livremente por um campo. O que ela deve estar sentindo? Liberdade e independência! Pois saiba que, com a equoterapia, é possível ir além!

A terapia com o uso dos cavalos tem um papel importantíssimo no processo de reabilitação de diversas doenças, complicações e deficiências.
Afinal, o que é a equoterapia?

Como o nome já diz, a equoterapia é uma técnica que complementa outros tipos de tratamentos, como a terapia ocupacional. Ou seja, é método terapêutico que se utiliza de cavalos para ajudar na reabilitação de pessoas com algum tipo de deficiência, seja física, seja psicológica ou cognitiva.

Na prática, ela estimula a mente e o corpo por meio do andar do cavalo, que faz movimentos tridimensionais ou em três eixos: para cima e para baixo, para um lado e para o outro, para frente e para trás. Esses estímulos ritmados provocam uma série de reações no corpo do cavaleiro. O paciente é levado a contrair e relaxar as pernas e o tronco, melhorando suas percepções, funções motoras e, principalmente, o equilíbrio.
Como e onde surgiu?

A técnica foi reconhecida em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina, mas existe há muito mais tempo. Há registros de que os cavalos eram usados em tratamentos terapêuticos há mais de dois mil anos na Grécia Antiga. Tanto que Hipócrates — considerado o pai da medicina — refere-se à prática em seu livro “Das Dietas” como um fator regenerador da saúde.

Na era moderna, a equoterapia se tornou mais popular após a Primeira Guerra Mundial. Os soldados que voltavam da guerra com sequelas físicas e mentais eram colocados para cavalgar, devido ao grande número de animais disponível. A partir de então, eles passaram a apresentar melhoras em todos os aspectos.

Porém, a equoterapia só começou a fazer parte de estudos acadêmicos mais tarde. Foi só então que surgiu o primeiro centro de equitação para pessoas com deficiência, em 1967, nos Estados Unidos. No Brasil, o método passou a ser valorizado a partir de 1989, em Brasília. Atualmente, a técnica terapêutica é praticada em mais de 30 países.

Para quem a terapia é indicada?

A equoterapia pode ser praticada por qualquer pessoa, de qualquer idade. Ou seja, crianças, jovens, adultos e idosos podem ser praticantes da equoterapia. Sobretudo, ela pode ser uma terapia complementar muito importante em casos como: Síndrome de Down; Paralisia cerebral; Esclerose múltipla; Sequelas de acidentes e cirurgias; Doenças genéticas, ortopédicas e musculares; Acidente vascular cerebral (AVC); Trauma crâneo-encefálico; Atraso maturativo; Autismo; Falta de coordenação motora; Deficiência visual; Deficiência auditiva; Etc.