Trinta por cento? O quer dizer isso? Por que só trinta por cento? Trinta por cento é o quanto de nossa renda que podemos comprometer com pagamento de prestações mensais ou para qualquer outra dívida?
Nós já devemos ter ouvido em alguma rádio ou TV ou lido em algum livro, jornal ou revista, e por muitas vezes, para não comprometer mais que 30% da nossa renda com dívidas, quer seja por compras para pagamento a prestações, quer seja por empréstimos pessoais, que são de juros caríssimos. Sinceramente, não sabemos de onde saiu esse número mágico, esse tal de 30%. Sabemos, entretanto, que os autores dessa descoberta são pessoas, economistas ou não, mas, de grande visão comercial, vendedoras ou estudiosas do crédito, matemáticos e letrados ou simplesmente experientes. Isso, porém, não vem ao caso agora. Sabemos, entretanto, que essa doutrina é verdadeira e mais que isso, funciona, é prática.
Há duas coisas importantes quando pensamos sobre isso.
Primeiramente, desses 30%, uma boa parte são juros e de outras despesas relativas à nossa compra para pagamento futuro. Dependendo do tipo de financiamento, do prazo e da taxa, pode ir de 10% a mais de 100%. Ou seja, se nós temos o hábito de comprar em prestações, gastaremos desnecessariamente . E, não é pouco. Há empresas de vendas de todos os tipos de mercadorias que ganham mais com a renda das prestações do que com o valor do produto vendido. Vender a prestação é o segredo do negócio. Então, essa história de apenas comprometer 30% precisa ser vista com cuidado. Esse valor pode ficar muito alto e levar-nos a inadimplência.
Ora, se mais que 30% é ruim, menos que isto poderia ser bom? É claro que não! Nenhum percentual é bom quando se trata de compras de objetos supérfluos, enchendo nossas casas de coisas, às vezes, sem ter lugar para guardar. É a compra por impulso, por emoção; é essa compra que destrói nosso bolso, nossos ganhos, nossa renda e quebra com nossa qualidade de vida.
O melhor, mesmo, é sempre poupar para comprar à vista.
Temos, ainda, um segundo ponto. Como afirmam os que entendem de economia e finanças: “se vocês conseguem pagar prestações, então conseguirão poupar, ao menos o valor das prestações.” Comprar à vista é realização de nossos sonhos. Se nós conseguimos reservar quase 30% do nosso salário para pagar prestações, certamente não teremos dificuldade em depositar em uma poupança cooperativa para comprar o que precisamos à vista.
É engraçado quando dizermos que não conseguimos guardar dinheiro, mas, temos várias prestações que pagamos religiosamente todo mês. Simples vamos diminuído nossos compromissos a pagar.
Muitos de nós afirmamos que se não comprarmos a prestação nunca vamos comprar as coisas, porque não conseguimos guardar dinheiro. Ora, vamos fazer uma dívida conosco mesmo! Ao invés de pagarmos a prestação vamos aplicar seu valor. E, nós, ainda, vamos receber juros em vez de pagar. Simples assim!
Se comprometermos menos de 30% da nossa renda com prestações, pode ser que consigamos manter nosso orçamento equilibrado pagando nossas contas em dia deixando nossos credores tranquilos. Nós, porém, continuaremos comprando menos, pagando cada vez mais juros e taxas sobre o crédito, adquirindo mercadorias de ponta de estoque, reduzindo nossa qualidade de vida. Então, bom mesmo é não ter nenhuma prestação.
Planeje, poupe e compre à vista. Comecemos abrindo uma conta de poupança ou aplicação na Sicoob Valcredi Sul. Ela está de portas abertas aos seus associados e a disposição para associar os que ainda não o são. Você vai ver; só vai ganhar.
A Sicoob Valcredi Sul é uma cooperativa da comunidade.
A Sicoob Valcredi Sul é uma cooperativa do bem.
Passos Maia, 29 de maio 2020.
Fonte: Antonio Abilio Mantovani