Equoterapia é indicada na integração emocional e educacional de portadores de vários tipos de transtornos;
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) corresponde a um desenvolvimento anormal da interação social e da comunicação, restringindo atividades interpessoais, abrangendo crianças e adolescentes na faixa etária dos três anos, pois é quando os sinais começam aparecer, até a idade adulta onde tendem a continuar, embora muitas vezes de forma mais moderada.
Esse transtorno é uma desordem que afeta a capacidade da pessoa em se comunicar, estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao ambiente que a rodeia. Suas principais características estão relacionadas a comportamentos repetitivos, dificuldades na fala, e na expressão de emoções, ausência de reciprocidade social ou emocional, e na incapacidade de desenvolver e manter vínculos de amizades.
É uma patologia que acomete mais meninos do que meninas, e suas manifestações vão variar de acordo com a idade cronológica de cada indivíduo, podendo ser classificada como uma síndrome que abarca subtipos variados, caracterizando-se, sobretudo, como um conjunto de sintomas iniciados na infância. Seu diagnóstico é clinico, sendo realizado por uma equipe multidisciplinar.
Existem diversas modalidades de intervenções que podem auxiliar no desenvolvimento de pessoas com TEA, uma destas opções é a Equoterapia, um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, desenvolvendo uma melhora biopsicossocial em pessoas portadoras de necessidades especiais.
O Autismo é uma doença que afeta o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças, e nos últimos anos o número de pessoas com TEA tem crescido em cerca de dois milhões no Brasil. Sendo, a Equoterapia uma das formas de tratamento, aprovada e reconhecida, mais utilizada na atualidade, devido aos estímulos produzidos pelos movimentos do cavalo, pois sua marcha é bem semelhante ao do ser humano.
Após a confirmação do diagnóstico, a família deve recorrer a tratamentos específicos, que irão auxiliar a pessoa e sua rede de apoio, buscando possibilidades que melhorem e proporcionem bem-estar para as crianças e que elas tenham a oportunidade de desenvolver os aspectos motores, sensoriais e de comunicação. Cabendo aos pais compreender a realidade dos filhos e aceitar principalmente as suas diferenças.
A busca pelo tratamento especifico é constante e a importância de amenizar os déficits apresentados, concentra-se em uma abordagem medicamentosa destinada a redução de sintomas-alvo, representados principalmente por
agitação, agressividade e irritabilidade, que geralmente impedem o encaminhamento dos pacientes a programas relacionados à estimulação e educação.
O autismo não tem cura, porém são utilizados diferentes métodos e procedimentos de intervenção terapêutica com a intenção de reverter, em partes, as alterações dos quadros, pois nem todos os autistas são iguais e nem todos tem as mesmas características, uns podem ser mais atentos, uns mais intelectuais, outros mais sociáveis e assim por diante. O que vai diferenciar um do outro é o grau que cada um apresenta.
A Equoterapia, é um recurso muito procurado, e eficaz para os indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois o praticante Autista, estando montado sobre o cavalo, manifesta-se emocionalmente através do toque e da expressão facial, obtendo-se resultados positivos nas diversas áreas acometidas por essa patologia, como mobilidade, motricidade, comunicação, autoestima, independência, linguagem, interação social, entre outras.
Nessa modalidade de tratamento, a atuação do Fisioterapeuta é de extrema importância, pois é ele o responsável principal pela admissão dos dados colhidos durante a anamnese (entrevista com o responsável pelo praticante), e por grande parte da execução da técnica, que através do cavalo, dos materiais lúdicos utilizados durante as sessões e dos seus programas básicos oferecidos pela terapêutica, que reabilitam de forma global os praticantes.
Além disso, como as sessões de equoterapia são realizadas ao ar livre, na maioria das vezes, torna-se uma atividade lúdica e prazerosa. O que aumenta o interesse e a participação das crianças, potencializando os resultados”. Entre os ganhos motores, estão os ajustes tônicos posturais que o paciente realiza quando está sobre o cavalo, em função do movimento tridimensional que o animal de trote possui.