A condição climática atrapalhou polinização e tratos culturais. Em algumas regiões há plantas vazias.
Uma das atividades agropecuárias importantes de Palmas é a cultura da maçã. Mesmo sazonal, gera centenas de empregos e movimenta a economia do município. Além disso, é símbolo do município, sendo Palmas a Capital Estadual da Maçã, mesmo com a diminuição, nos últimos anos, das áreas cultivadas.
As chuvas deste mês, com mais de 680 milímetros, trouxeram muita preocupação para os produtores locais, bem como de todas as regiões produtoras do país, concentradas na região Sul. Conforme o Diretor Técnico da Associação Brasileira dos Prodoutores de Maçã(ABPM), Ivanir Dalanhol, a sequência de dias chuvosos impediu que as abelhas fizessem a polinização e as tempestades lavaram o pólen da florada. Explicou que isso vai impactar na quantidade de frutos por planta e até mesmo pomares vazios.
Outro problema é a condição fitossanitária. Não sendo possível os tratos culturais, as lavouras são mais facilmente atacadas por pragas e fungos e gerará descarte de frutos. Outro agravante é o desperdício de produtos utilizados, que são levados pelas chuvas torrenciais. Com necessidade de novas aplicações e aumentando o custo de produção.
Explicou que a situação é mais grava nas cultivares tardias, como a Gala que começa a ser colhida em meados de janeiro e a Fuji a partir de março do próximo ano. Já os pomares que cultivam variedades precoces, com colheita a partir no final deste ano, a situação é bem diferente. Estas variedades que iniciam produtivo bem cedo, estão bem carregadas com ótimas perspectivas de colheita. ” A questão é que são poucos as lavouras com estas variedades”, disse ele.
Conforme ele, com a sinalizada queda de produção e produtividade, a saída para os produtores é redobrar cuidados com a qualidade dos frutos que restarem nas plantas. Frutos com maior calibre e classificação podem compensar perdas de volumes.
Fonte: Portal RBJ
por Ivan Cezar Fochzato