Perspectivas do FMI sobre o Brasil

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Os efeitos na economia da pandemia do Covid-19 fizeram o FMI revisar suas projeções assustadoras: há expectativa de que a atividade econômica mundial caia 3% em 2020. Apenas China e Índia crescerão neste ano. O Brasil deve encolher 5,3%, com a recuperação mais fraca na América Latina. Os países da AL devem ter queda de 5,2% na atividade em 2020. Fica mais tenebroso quando se compara o Brasil às economias avançadas: a projeção de crescimento do Brasil em 2020 é 7,5 pontos menor que a estimativa de janeiro de 2020.

Confirmada as projeções do FMI, o Brasil viverá sua pior recessão desde 1901. A retração mais alta registrada na história recente foi a queda de 4,35% na atividade econômica em 1990, ano do Plano Collor I. Em 2020, 20% da população brasileira deve estar desempregada, partindo da taxa no ano passado de 11,9%. Em 2021, a previsão é que desempregados serão 23%: o nível de desemprego no Brasil será mais alto que o de qualquer nação das Américas do Sul e do Norte.

Tal crise é maior em 119 anos. O planeta foi pego de surpresa e o choque é grande. Vive-se em estado de incerteza contínua e severa sobre duração e intensidade do choque. Em crises ortodoxas, governantes tentam incentivar a atividade, estimulando a demanda agregada rapidamente. Todavia, é muito grande e estimula à atividade mais desafiadora à maioria dos setores industriais e de serviços.

Para sair da crise, será necessária a cooperação entre países em compartilhar experiências e equipamentos para reforçar propostas sobre melhora da saúde e garantir que nações ricas e pobres tenham acesso imediato às terapias e vacinas, quando forem encontradas. É essencial que FMI e Banco Mundial providenciem assistência financeira aos países emergentes e economias em desenvolvimento, como o Brasil. Os Estados Unidos socorrerão seus cidadãos e empresas com uma ajuda econômica de US$ 2 trilhões.

Só no Brasil são realizadas carreatas contra isolamento social, riem do Covid-19, ignoram-se doença e morte. Não há registro de algo tão horrível em outro país. Quarentenas, distanciamento social e paralisações são críticos para desacelerar o contágio, dar ao sistema de saúde tempo para que se desenvolvam novas terapias e vacinas. Como há tantas pessoas ignorantes, que vivem num mundo a parte numa luta cega protegendo um “messias” que só existe na cabeça deles.

O futuro próximo é assustador! É a hora de deixar de lado loucuras idealistas e trabalhar juntos para salvar pessoas e, posteriormente, a economia. A pandemia passará; a crise econômica também, apesar de não haver qualquer perspectiva positiva aos próximos três anos. Há mais de 1.500 mortes e 25.000 infectados no Brasil. A luta continua!