Tomou conta dos noticiários esta semana os debates em torno da a lei 22.006/2024, que cria o programa Parceiro da Escola, o qual permite a implantação em cerca de duzentas escolas da Rede Estadual, do programa Parceiro da Escola. Aprovado pela Assembleia Legislativa, o projeto já foi sancionado pelo Governo do Estado. O principal argumento do programa, sob gestão da Secretaria de Estado da Educação é o de melhorar a gestão administrativa e de infraestrutura de escolas estaduais, mediante parceria com empresas especializadas em gestão educacional. Segundo o programa, empresas ficarão responsáveis pelo gerenciamento administrativo de escolas selecionadas e pela gestão de terceirizados na limpeza e segurança. Consta ainda que haverá consultas aos professores, pais, alunos e responsáveis, para que decidam as formas de implantação do Programa. No lado contrário, se manifestou o professorado paranaense, além de alunos e pais em intensos protestos na Capital do Estado. A liderança do movimento, entre outras instituições, esteve a cargo da APP Sindicato, historicamente composta por membros filiados a partidos de esquerda, o que não é saudável para a defesa de direitos de qualquer categoria. Este jornalista acompanha apreensivo a situação. Pequeno empresário na área de Educação, sou também Pedagogo. Conheço as prerrogativas da profissão, das quais estão a gestão escolar e administração da estrutura e funcionamento da escola. Tramita no Congresso Nacional o PL 1735/2019, que regulamenta a profissão de pedagogo dando-lhe total e irrestrita prerrogativa para gestão, orientação, supervisão, entre outras funções. Além de toda a questão que envolve a privatização desta função, que deveria ser garantia para quem assume concurso público, ainda tem a questão constitucional, que depõe contra a privatização da gestão escolar. Perde a escola pública, perde o contribuinte, perde a comunidade escolar e perde a coletividade.
Atenção: esta coluna é escrita e editada pelo jornalista Rodrigo Kohl Ribeiro MTB: 18.933, de sua inteira e irrestrita responsabilidade. Qualquer sugestão ou crítica, pode ser enviada para o e-mail joaopimentadepalmas@gmail.com ou pelo WhatsApp 46 98820-4604.