Em 9 de fevereiro de 2011, publiquei meu primeiro artigo sobre inflação de Palmas, no jornal ‘A Folha do Sudoeste’. Durante uma década, apresentei mensalmente resultados de variações de preços da ‘Cesta Básica de Palmas’ e, após 10 anos de pesquisa, encerrei os trabalhos por perceber o desinteresse da comunidade. Além de relevantes, os dados têm rigor científico.
Os dados, na ocasião, foram coletados em três supermercados. Em 14 de janeiro de 2022, última coleta, foram envolvidos os dois maiores supermercados de Palmas e, por questões éticas, serão intitulados de Supermercado 1 e 2, com parceria da Contadora Ana Magalhães, que fez a gentileza em, presencialmente, pesquisar em dois expressivos estabelecimentos de Palmas. Assim como era realizado anteriormente, a colaboradora procurou o menor preço de cada produto, salvaguardando pesos, medidas e tipos de produtos.
Consideram-se sobre os preços levantados em 2011 e 2022: a variação inflacionária foi de 89%, o preço médio entre esses 20 produtos apresentados abaixo sofreu aumento de 89%. Se compararmos esse aumento ao IPCA do IBGE, que mede a inflação real do Brasil, no mesmo período, 91,5%, conclui-se tecnicamente que as variações da Cesta Básica de Palmas foram muito semelhantes à inflação oficial do Brasil. A tabela a seguir demonstra os preços em reais dos 20 produtos considerados essenciais à comunidade mais carente:
A partir de 2011, também acompanhei os custos da construção civil e dos serviços prestados nesta cidade. Apesar de tudo, é importante apresentar os levantamentos mensalmente, para que, neste momento inflacionário que o país atravessa, a população mais carente e os interessados pelo assunto possam acompanhar o desenrolar dos preços. Os produtos com maior aumento de preços foram: café (226%), manteiga (196%), coxão mole (158%) e arroz (125%). A diferença nos preços entre os supermercados 1 e 2 é de 11%. Se for da concordância do editor chefe desse jornal, mensalmente, serão apresentadas as variações de preços de Palmas. A inflação de 2022 deverá ficar muito próxima a de 2021, 10,06%; prevê-se que a inflação neste ano eleitoral será alta e irregular.
Por: Edmundo Pozes da Silva