A obesidade é uma das principais ameaças à saúde cardiovascular no mundo moderno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas vivem com excesso de peso, e essa condição está diretamente ligada ao aumento do risco de doenças cardíacas, como hipertensão, infarto e insuficiência cardíaca.
O excesso de gordura corporal gera inflamação crônica, que compromete o funcionamento dos vasos sanguíneos e favorece a formação de placas de gordura nas artérias, um processo chamado aterosclerose. Isso pode levar a eventos graves, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, a obesidade está frequentemente associada à resistência à insulina, um fator determinante para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, que também acelera danos cardiovasculares.
Outro problema comum em pessoas obesas é a hipertensão arterial. O excesso de peso sobrecarrega o coração, que precisa bombear sangue com mais força, elevando a pressão arterial. A longo prazo, isso pode levar à insuficiência cardíaca, condição em que o coração perde a capacidade de bombear sangue de maneira eficiente.
Além dos impactos fisiológicos, a obesidade também pode desencadear apneia do sono, uma condição caracterizada por pausas na respiração durante o sono. Isso leva a níveis reduzidos de oxigenação no sangue, aumentando o risco de arritmias e hipertrofia do ventrículo esquerdo, um espessamento da parede do coração que compromete sua função.
A boa notícia é que a perda de peso, mesmo que moderada, já traz grandes benefícios para o coração. Adotar uma alimentação balanceada, reduzir o consumo de ultraprocessados, praticar atividade física regularmente e controlar fatores como estresse e qualidade do sono são medidas essenciais para manter a saúde cardiovascular.
O coração é um órgão vital, e a obesidade é um inimigo silencioso que não deve ser ignorado. Cuidar do peso é, acima de tudo, um ato de prevenção e qualidade de vida.