O uso do tempo excessivo nas telas para os adultos

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O uso excessivo de dispositivos eletrônicos, como smartphones, computadores e televisores, tem se tornado uma preocupação crescente não apenas para crianças, mas também para adultos. A dependência das telas pode trazer uma série de consequências negativas para a saúde física e mental dos indivíduos.
Passar longas horas em frente às telas está associado a problemas de saúde física, como a síndrome do olho seco, devido à falta de piscar durante o uso prolongado, e a má postura, que pode levar a dores nas costas e no pescoço. Além disso, o sedentarismo resultante do tempo excessivo em frente às telas contribui para o aumento do risco de obesidade, doenças cardíacas e diabetes tipo 2.
O impacto nas redes sociais e a constante exposição a notícias e informações podem causar estresse, ansiedade e depressão. A comparação constante com as vidas aparentemente perfeitas mostradas nas redes sociais pode levar a sentimentos de inadequação e baixa autoestima. O uso excessivo de telas também está relacionado à redução da qualidade do sono, uma vez que a luz azul emitida por esses dispositivos interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável pelo sono.
O tempo gasto nas telas pode afetar negativamente os relacionamentos interpessoais. A substituição de interações presenciais por virtuais pode levar ao isolamento social e à diminuição da qualidade das relações pessoais e familiares. A comunicação face a face é essencial para o desenvolvimento de empatia e habilidades sociais, e sua falta pode prejudicar a vida social e profissional dos indivíduos.
A dependência das telas pode afetar a produtividade e a capacidade de concentração no trabalho e nos estudos. A multitarefa e as constantes notificações interrompem o foco e podem levar a um desempenho inferior em atividades que exigem atenção contínua e profunda.

Para mitigar esses efeitos negativos, é importante adotar algumas estratégias:

Estabeleça limites: Defina horários específicos para o uso de dispositivos eletrônicos e evite o uso excessivo.
Faça pausas regulares: Levante-se e movimente-se a cada hora para evitar problemas de postura e sedentarismo.
Crie rotinas sem tela: Dedique tempo para atividades sem o uso de telas, como leitura, exercícios físicos e interação social.
Desconecte-se antes de dormir: Evite o uso de dispositivos eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir para melhorar a qualidade do sono.

Ao tomar consciência dos impactos negativos do tempo excessivo nas telas e implementar mudanças, os adultos podem melhorar significativamente sua saúde física, emocional e bem-estar geral.

Alessandra Procópio Moreira
Psicóloga CRP 08/41553