O PIB do Brasil de 2019 é 1,1%, valor pífio e provavelmente se repetirá em 2020. No horrível governo de Temer, o PIB foi 1,3%, em 2017 e 2018. O atual governo prometeu excelente PIB, alavancagem da economia, e fracassou. Não há um plano econômico claro, com propostas e cronogramas definidos publicamente. Parece que o Brasil está a deriva e o governo não apresenta nenhuma estratégia. As tais reformas da Previdência, do Trabalho e da Terceirização não deram resultados práticos. Essas reformas, mesmo necessárias, são só um pano de fundo para mostrar que o governo está trabalhando, mas na prática, quem está trabalhando é o Congresso. O governo está paralisado.
Após compartilhar pelo WhatsApp vídeos em defesa da manifestação marcada para 15 corrente, Bolsonaro convocou a população para participar de protestos. O país está com problemas políticos: num regime democrático, o governo, que tem inclinação pelo autoritarismo, não pode tratar o Congresso como inimigo. Um presidente não pode chamar manifestação contra parlamentares ou Supremo porque demonstra não reconhecer a legitimidade de deputados, senadores e ministros do Supremo.
É estratégia recorrente usar as redes sociais para desmoralizar o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e os governadores do Brasil. A ideia é fragilizar a estrutura para, dessa forma, conseguir mais facilmente rasgar a Constituição de 1988. É hora de punir autoridades que se desviam da lei. A democracia não pode mais ser violentada e ultrajada. Para líderes autoritários, sempre há um inimigo, e ele está à solta para destruir a civilização e o seu modo de vida. É uma batalha entre o bem e o mal. O político fascista gira em torno do inimigo, pois este é uma ameaça à civilização; e você vota nele, pois ele é o líder forte que vai protegê-lo deste oponente monstruoso O fascismo transforma notícias em espetáculo; pessoas viciam-se no drama.
Atuar com corte de recursos a políticas que aliviam a extrema pobreza; defesa de um direito irrestrito de portar arma, defesa do AI-5; vigilância permanente do professor; polícia com autoridade absoluta para dizer que é desacato e prender em flagrante; leniência e redução da fiscalização ao crime organizado nas florestas e áreas indígenas; intimidação pública de jornalistas e defensores de direitos.
O ataque sórdido do presidente à honra da jornalista Patrícia Campos revela seu real alvo: sua meta parece implodir as bases da democracia brasileira. Enquanto isso, o desemprego também se alastra com 12,8 milhões de pessoas que ainda procuram emprego, fato que se deve manter em patamares elevados nos próximos anos: falta de um presidente que respeite à sociedade e compreenda a natureza de sua função.
Enquanto isso, o Moro, concedeu-se, gratuitamente, o dom de definir o sentido da lei conforme sua vontade. Nunca hesitou em afirmar à luz de seus desvios judiciais que fez acordo com a lei. Prendeu e soltou, vazou e calou, orientou acusação e acusou por conta própria. Livrou-se de qualquer acusação apenas pela sua credencial de herói . Como ministro, dedica parte do seu tempo a proteger a imagem do chefe com ferramentas que tem sob seu comando. Assim, tenta redefinir o sentido de calúnia e segurança nacional: lapida seu perfil político apenas com o culto à personalidade, como se tivesse vindo ao governo só para ser homenageado. Moro está se perdendo pela autossuficiência e arrogância com apoio incondicional dos militares.
É necessário combater a ideia de que existe um herói capaz de resolver sozinho os problemas do país! O PIB ínfimo, alto desemprego, indústria semiparada, dólar altíssimo, destruição das reservas cambiais, desesperança, país sem rumo.