O não-carnaval de 2021

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O carnaval é uma comemoração que envolve festas públicas e/ou desfiles que combinam elementos circenses, máscaras e uma festa de rua pública. As pessoas usam trajes durante muitas dessas celebrações, trajes estes, que permitem que elas percam um pouco de sua individualidade cotidiana e experimentem um sentido elevado de unidade social.
Esta data é comemorada desde muito tempo e carnaval significa “adeus à carne”, pois, representa um festa popular que antecede um grande jejum – chamada de quaresma, que significa a penitência em preparação para a Páscoa. Muitas comunidades cristãs usam esse período, que inicia na quarta-feira de cinzas e se estende até a Páscoa, como um momento de reflexão.
O Brasil é um dos países mais populares quando se fala em carnaval. Atrai turistas de todas as partes do mundo. Milhares de pessoas passam para ver os grandes desfiles de fantasias, com temas variados em grandes capitais, como por exemplo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e São Paulo. Um dos fatores que impulsionou o reconhecimento mundial do carnaval brasileiro foi a música – o samba, o frevo e as marchinhas.
Em 2021, ainda devido à pandemia, muitas pessoas tiveram de inventar formas de comemorar esta data em casa e com sua família. Mesmo sem a grande folia que o contato social traz, não podemos esquecer do que a data representa – alegria, amor e abundância espiritual. Mais do que antes precisamos lembrar da essência do carnaval – alegórica, divertida, recheada de fantasias e ilusões, uma verdadeira válvula de escape para as tensões sociais do mundo moderno, mas, antes de tudo, como uma maneira de subversão e crítica social. E, neste carnaval, a maior crítica veio de quem festejou em casa.

Fonte: Jocemar Ferreira da Silva
para o jornal Destaque Regional