O desemprego no Brasil atinge 12,9 milhões de pessoas, sendo que, destas, 4,818 milhões desistiram completamente do trabalho e dos estudos. Já o número de brasileiros que não trabalham e não procuram emprego atingiu 65,5 milhões, o que vem aumentando ano a ano. Não bastasse isso a dívida pública brasileira cresce assustadoramente, e 62 milhões de brasileiros estão inadimplentes conforme o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Enquanto isso, a população pagará indiretamente 3,7 bilhões de reais para que os partidos políticos façam campanha eleitoral para as eleições de 2020, segundo proposta inclusa na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Enquanto isso, destaca-se que, o orçamento do programa “Minha Casa, Minha Vida” para 2019 é de 4,1 bilhões.Tentando endireitar esses rumos, a recente Reforma Trabalhista, e agora, a quase já aprovada Reforma da Previdência, e as futuras Reformas Tributária e Política, aparecem como possíveis soluções desta crise e disparates, existindo aqueles ditos pais e mães destas reformas, certos “salvadores” da pátria, os quais bem sabemos, são os primeiros na fila dos traidores, e buscam apenas salvar a si mesmos e seus interesses “partidários”, e nunca salvar o próprio povo.Destes “salvadores” e seus “discípulos” é constrangedor e alarmante assistir diariamente nos veículos de imprensa e nas redes sociais as tentativas de enfraquecimentos dos poderes, e mais, o esforço incompreensível e intransigente destes para criar um verdadeiro apartheid na sociedade brasileira, tentando criar verdadeiros grupos opostos: esquerda, direita, ricos, pobres, negros, brancos, trabalhadores, empregadores, políticos, cidadãos. Nestes “grupos”, sempre o outro é o errado e o próprio criminoso, tudo dependendo de quem for orador dos insultos, eis que é assim que acontece o diálogo destes grupos com dupla personalidade. Fato é que, com esse pensamento, a sociedade aproxima-se da máxima muito bem lembrada pelo Ministro do STF, Luís Roberto Barroso: “A sociedade tem uma moral dupla, de que os outros fazem é errado, mas o que eu faço não tem problema”.No entanto, eu, você, nós, não podemos fugir da atual realidade social e política do nosso país, e no meio de todo esse turbilhão de acontecimentos, não temos o privilégio de outra melhor saída, do que lutar e criar nosso próprio destino, sim, nosso sonhado e merecido futuro. Observamos profissionais com ótima formação acadêmica ensejando por maiores lucros e crescimento, porém, sem esforço pessoal, dormindo até tarde, trabalhando o mínimo, acreditando que o destino lhe guiará para o sucesso, ou o governo melhorará, ou que seus abastados familiares lhes ajudarão. Nos mesmos casos analisamos jovens reclamando da dificuldade em pagar seus aluguéis e parcelamentos, dentre outros débitos essenciais, priorizando as saídas de final de semana em baladas e viagens carnavalescas, levando extrema energia nas noitadas semanais, energia esta faltante nos dias de trabalho e estudo.Claro, cada um é feliz da sua maneira e a liberdade de escolha é um dos pilares da democracia, assim como a vida pode ser vista de múltiplos pontos de observação. Porém o sucesso e o seu futuro desejado só será conquistado e será certamente conquistado com muita dedicação, esforço e foco, e muitas vezes se privando de lazeres momentâneos e supérfluos a fim de desfrutar um futuro próximo da forma sempre desejada. Assim, o ideal é que façamos um pacto com a vida:1-Fique vivo e inteiro, e nunca forme uma opinião sem ouvir os dois lados diversas vezes, tenha uma mente aberta;2- Seja bom caráter, e lembre, a verdade não tem dono e cada pessoa possui uma realidade, aceite;3- Seja educado, bom e correto, mesmo quando ninguém estiver lhe observando, seja a melhor versão de você independentemente de como as pessoas ao seu redor estão agindo;4- Aproveite a vida com responsabilidade, e lembre, ninguém é bom sozinho, portanto, sempre agradeça;5- Escute atentamente, estude, estude, trabalhe e trabalhe;6- Zere as reclamações, as condenações e os pensamentos negativos e crie as soluções. Ajude o próximo. Faça a diferença e pense positivo ao invés de procurar e apontar o defeito;7 – Para crescermos e obtermos conquistas, precisamos ser surdos para o negativismo, e atingir o sucesso duas vezes, a primeira na mente e a segunda em nosso mundo.Se estivermos cientes da nossa realidade, das nossas responsabilidades e desafios, e fixando esse grande pacto com a vida, faremos a diferença na sociedade, cumprindo nossas metas e satisfações.Por fim, lembrem-se, a reclamação nunca melhorou a vida de ninguém, o estudo e o trabalho incansável sim, portanto, estude e trabalhe até que lhe digam que você teve sorte de chegar onde está.
Fonte: OAB