O DRAMA DAS HERANÇAS E OS IMÓVEIS IRREGULARES: O QUE NINGUÉM CONTA

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Quando o assunto é herança, muita gente pensa apenas no valor do que será deixado. Mas a realidade é bem mais complexa: a maioria dos conflitos familiares que surgem após a morte de um ente querido não tem relação com dinheiro, mas com mágoas antigas, disputas emocionais e, muitas vezes, com imóveis que sequer estão regularizados.

É comum encontrar famílias que adiaram a regularização de uma casa ou terreno por anos. O imóvel fica em nome de um avô falecido, sem escritura, sem inventário, e com vários herdeiros querendo resolver — cada um à sua maneira. A consequência? Conflitos, desgaste emocional e até ações judiciais demoradas e caras.

Veja o exemplo da família de Dona Maria. Ela faleceu deixando uma casa simples, onde criou os três filhos. A filha mais velha, que cuidou da mãe nos últimos anos, acreditava ter mais direito sobre o imóvel. O irmão do meio, distante há décadas, voltou exigindo sua parte. Já o caçula queria vender logo para quitar dívidas. O imóvel, porém, estava no nome do pai, falecido há mais de 20 anos, sem nenhum documento regularizado. Resultado: briga, mágoas expostas e uma herança que virou motivo de dor.

Regularizar um imóvel ainda em vida é um gesto de cuidado com quem fica. Evita disputas, protege a memória de quem partiu e garante que cada herdeiro receba sua parte com justiça. Além disso, imóveis regularizados têm maior valor de mercado, segurança jurídica e podem ser usados para financiamentos ou investimentos.

Dúvidas sobre a reportagem podem ser sanadas no email:adv.fabianabozz@gmail.com ou
(46)99976-6240

Fabiana Bozz, advogada, OAB/PR 101.418.
Especialista em Regularização de Imóveis.