Educação Especial – O tratamento a pessoa com deficiência modificou-se ao longo da história da humanidade, passando por fases de exclusão e extermínio, culminando no Brasil com a fase da inclusão, no século XXI. Contudo, para que a inclusão efetivamente ocorra inúmeras ações e mudanças de paradigmas ainda precisam ocorrer em nossa sociedade. Uma delas diz respeito ao acesso de deficientes físicos a diferentes espaços privados ou públicos como escolas, bem como a sua circulação em vias públicas sem a existência de qualquer tipo de barreira física.
Os alunos do 2º ano do Curso de Formação de Docentes do Colégio Estadual Dom Carlos, em cumprimento a Proposta Curricular referente a ementa do 2º ano, cujas disciplinas de CNEE – Concepções Norteadoras da Educação Especial e Prática de Formação abordam questões referente a diversidade, incluindo aspectos relacionados a acessibilidade (ABNT – 9050/2020). A proposta é visitar espaços públicos e privados com a finalidade de observar se as pessoas com necessidades especiais e ou com mobilidade reduzida possuem condições de acesso aos espaços visitados. O trabalho visa analisar os espaços e apresentar sugestões para possíveis adequações.
A pesquisa de campo teve seu início com a visita dos alunos e professoras Fernanda e Olivete no prédio da Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores. Na sequência os alunos que foram divididos em grupos estarão visitando e observando outros espaços públicos e privados. Antes de irem a campo as professoras informaram e orientaram os alunos de que o trabalho não objetiva criticar a falta de acessibilidade, mas observar a ausência desta e apresentar sugestões de adaptação que possam favorecer as pessoas que se locomovem utilizando cadeira de rodas, triciclos e ou outros meios de locomoção em virtude da deficiência física, incluindo também as pessoas com mobilidade reduzida temporária ou permanente.
As professoras informaram aos alunos que muitos prédios que abrigam escolas, segmentos de uma forma geral e espaços públicos e privados são antigos e foram construídos em períodos históricos em que predominavam no Brasil, no Estado do Paraná e em nosso município, outros paradigmas educacionais e sociais, que não os da inclusão, fato que dificulta adaptações que garantam a acessibilidade. Ressaltaram que somente a existência da legislação não garante a acessibilidade aos deficientes físicos, pois a maioria dos espaços não estão adaptados para receber as pessoas com necessidades especiais.
A Constituição Federal do Brasil de 1988, dentre outros instrumentos legais garantem que todos os cidadãos, independente de sua condição física,
etnia ou religião, tem direito à educação.
A proposta de trabalho interdisciplinar foi além da sala de aula. No início do 2º trimestre os conteúdos teóricos foram abordados, palestras foram realizadas e profissionais da área da Educação Especial informaram os alunos sobre as especificidades da área.
Infelizmente estamos distantes de uma sociedade inclusiva, mas temos o compromisso de orientar nossos alunos, futuros professores, a conhecerem a realidade do município onde residem, bem como, do Estado do Paraná e das diversas regiões brasileiras, levantando a bandeira e instigando a sociedade a se tornar efetivamente inclusiva.
No início da pesquisa de campo os alunos e professoras tiveram a grata satisfação de serem recebidos pelo Prefeito Municipal Dr. Kosmos. O diálogo estabelecido entre o prefeito e alunos foi oportuno e significativo, uma vez que aos estudantes foi informado sobre as reformas que estão sendo realizadas no prédio da Prefeitura Municipal e estas estão dentro dos protocolos de acessibilidade.
Agradecemos a disponibilidade do prefeito para com os alunos, entendo que as parcerias entre escola e sociedade são significativas para fortalecer o processo de ensino e aprendizagem.
Fonte: Colégio Estadual Dom Carlos