Você sabia que ter um intestino saudável é uma peça fundamental para quem quer emagrecer? E tem mais: o formato e a consistência das fezes dizem muito sobre isso.
A prevalência da obesidade aumentou recentemente em muitos países em todo o mundo, particularmente naqueles onde uma dieta rica em alimentos processados e ultraprocessados predomina. Um indivíduo obeso é mais inflamado. O tecido adiposo é vivo e produz citocinas inflamatórias, e fator de necrose tumoral, além de hormônios e outras substâncias que atuam em tecidos como o cérebro, regulando a queima de gordura, a compulsão e o consumo calórico.
Quanto maior a quantidade de gordura corporal, maior a inflamação e a predisposição a várias doenças como diabetes, dislipidemias e suas consequências cardíacas, hipertensão, esteatose hepática, ansiedade, depressão, artrose, câncer de intestino.
Além da obesidade, contribuem para a inflamação: infecção por bactérias, vírus ou fungos, fraturas, exposição ao sol, calor ou radiação, alergias alimentares, questões autoimunes. Este estado gera além de dor (nas articulações, costas, pescoço, pernas, intestino…), uma neuroinflamação.
COMO CONTROLAR A INFLAMAÇÃO?
O primeiro é reduzir peso. A atividade física ajuda a melhorar a composição corporal reduzindo os estoques de gordura. Uma dieta com menos calorias e de característica antiinflamatória é muito importante, atuando no controle da inflamação e do controle de radicais livres, melhorando a sensibilidade à insulina.
Outra forma de modular a inflamação é tratar o “leaky gut” (intestino gotejante ou hiperpermeável). Quando o intestino deixa de se comportar como uma barreira, acaba deixando passar para a corrente sanguínea substâncias que inflamam e ativam a autoimunidade. Com isso, há uma grande produção de citocinas pró-inflamatórias. Uma das questões é a disbiose intestinal (um desequilíbrio entre microorganismos mais ou menos inflamatórios).
As bactérias chamadas de bacteroidetes que parecem ser nossas amigas quando se trata de emagrecimento, e as firmicutes que podem influenciar no ganho de peso, especialmente na área central, em torno do abdômen.
Essas bactérias microscópicas dos nossos intestinos parecem interagir com a insulina e modular a inflamação, resultando no favorecimento ou não do ganho de peso. Há também evidências que sugerem que os níveis mais elevados de certas bactérias reduzem a absorção de calorias em excesso.
COMO ESTIMULAR A RELAÇÃO INTESTINO E EMAGRECIMENTO
MELHORE o consumo de fibras, legumes, verduras, frutas e leguminosas.
MASTIGUE bem os alimentos para melhorar a digestibilidade e absorção dos nutrientes.
NÃO Falhe na hidratação e PRÁTIQUE ATIVIDADE FÍSICA para estimular o peristaltismo.
LIMITE A INGESTÃO DE GORDURA
A ingestão excessiva de alimentos ricos em gorduras, aumenta a inflamação do intestino induzida por bactérias. Prefira gorduras boas, peixes, oleaginosas, azeite de oliva, por exemplo.
ELIMINAR OS ALIMENTOS QUE LHE CAUSAM INCHAÇO E DESCONFORTO INTESTINAL
Ficar atento aos sinais quando consome os alimentos, o que é que o seu corpo tem dificuldade de digerir? Preste atenção e remova esses alimentos por um tempo para a recuperação intestinal.
CONSUMA ALIMENTOS PREBIÓTICOS
Cebola, alho, alcachofra e raiz de chicória, aspargo, psyllium são exemplos. Todos esses contêm fibras que alimentam as suas boas bactérias existentes, levando-as a crescer em número. Alimentos probióticos, como kefir, iogurte e chucrute, podem também ajudar.
INCLUA INGREDIENTES ANTI-INFLAMATÓRIOS
A cúrcuma, cacau, canela, gengibre e boswellia são anti-inflamatórios tradicionais que são fáceis de adicionar em um vitaminas ou em chás.
ESCOLHA SUPLEMENTOS PARA SEU INTESTINO
Glutamina, um importante aminoácido que ajuda a cuidar da barreira do intestino. Pool de Probióticos, magnésio, são algumas opções.
Lembrando que aqui são orientações de uma forma geral, nada substitui um diagnostico médico e acompanhamento nutricional para um tratamento seguro e efetivo.