A dona de casa Scheila Vidal, 26 anos e moradora do bairro Lagoão em Palmas, no Sudoeste do Paraná, deu a luz aos trigêmeos Rafael, Gabriel e Miguel, nome dado em homenagem aos três arcanjos. A dona de casa Scheila Vidal, 26 anos e moradora do bairro Lagoão em Palmas, no Sudoeste do Paraná, deu a luz aos trigêmeos Rafael, Gabriel e Miguel, nome dado em homenagem aos três arcanjos. O fato ocorreu na última na sexta-feira (06), após o acompanhamento integral durante o período de gestação. A gravidez, considerada rara e com cesariana programada, foi realizada no Hospital São Lucas, em Pato Branco pela Médica Obstetra Dra. Adelaide Brito Neves, com apoio do Departamento de Saúde de Palmas. O nascimento de trigêmios é raro e representa 0,05% dos nascimentos no país. A gestação de Scheila, impressionou a equipe da Saúde de Palmas, que acompanhou o seu pré-natal. A gravidez aconteceu naturalmente e não por fertilização, como na maioria dos casos de gravidez gemelar. Durante o período da gestação, ela ficou aos cuidados da enfermeira Graciele Martinazzo, responsável pela Clínica da Mulher de Palmas. “A gestação da Scheila foi linda, correu tudo dentro do esperado para a situação em que ela se encontrava, é um caso muito raro. Em Palmas, não existe registro de trigêmeos de forma natural”, disse.Os meninos estão saudáveis e nasceram de 36 semanas e 4 dias. O parto foi realizado das 9h35 às 9h40. Miguel, gerado em placenta separada, pesou 2,46 quilos, já Gabriel e Rafael, univitelinos, pesaram 1,91 quilo e 1,83 quilo, respectivamente. Após o parto, os três foram encaminhados à incubadora da UTI Neonatal do Hospital São Lucas. A expectativa é que em menos de 15 estejam nos braços da mãe Scheila e do Pai Adriano e da irmã mais velha, que tem idade de três para quatro anos. A enfermeira Graciele aproveita para pedir o apoio da população de Palmas, para quem quiser contribuir com a família. “Nesse momento, todo tipo de ajuda é bem-vinda. São quatro crianças para vestir, alimentar e cuidar”, lembrou.Pré-NatalPor se tratar de uma gravidez rara e de risco, Scheila precisou ser acompanhada em todo o período da gestação. Isto ajudou na saúde dos recém nascidos. Uma vez por semana, ela consultava na clínica da mulher ou no posto de saúde do Lagoão, além de ser levada para consultas constantes em Pato Branco, devido a estrutura do hospital da cidade vizinha. “O pré-natal é indispensável em toda gravidez, com ele, doenças, má formações e outros problemas podem ser descobertos e tratados de forma rápida, evitando que a taxa de mortalidade infantil em Palmas cresça mais ainda”, ressaltou Graciele. Só este ano, em Palmas, já foram registrados dez mortes de recém-nascidos, muitos pela falta de acompanhamento gestacional. “É importante que as futuras mamães comecem a fazer seu pré-natal assim que tiverem a gravidez confirmada ou antes de completarem três meses de gestação”, finalizou.