João Pimenta

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CONJECTURAS…

Anulada eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Paraná
Por precaução e mera formalidade a atual mesa diretora da ALEP, comandada pelo deputado Ademar Traiano, decidiu anular a eleição ocorrida em agosto, que elegeu Alexandre Curi como seu presidente. Acontece que o MP entende que o pleito deve ser após outubro e como a eleição se deu em agosto, decidiu-se por não correr o risco de receber uma ação por inconstitucionalidade. Daí se explica a “mera formalidade”, uma vez que espera-se na próxima eleição, a se realizar nesta segunda-feira, os mesmos nomes da chapa eleita anteriormente. A atitude reflete acerto, uma vez que, por força de lei o processo legislativo poderia ser prejudicado. Acertada a decisão de Traiano.

Apenas conjecturas, mas começam as apostas para 2026
Passado o período eleitoral municipal, o cenário estadual e federal começa a se desenhar. Entretanto, mesmo sendo cedo para arriscar nomes, percebe-se um quadro pré formado, tanto que já existem nomes sendo ensaiados, claro, apenas por conjecturas. O senador Sérgio Moro tem se lançado publicamente, mesmo com parte de seu partido, o União Brasil, sendo contra essa investida. O ex deputado Enio Verri seria outro nome já em debate. Atual presidente da Itaipu Binacional, Verri seria o pré-candidato do PT. Há aí uma terceira via não definida. A coalizão liderada pelo governador Ratinho Junior (PSD) está se preparando para polir um nome. Ganha força no grupo, o deputado Alexandre Curi, cuja dimensão e força já o leva a presidir a ALEP. Neste grupo, ele se sobressai como o nome mais forte.

Nenhum dos três nomes confirma-se hoje, mas o palpite está dado
Se, por um lado Sérgio Moro bata o pé que seja candidato a governador do Paraná, boa parte de seu partido, o União Brasil entende que o caminho seja ir com o grupo de Ratinho Junior, o qual, por sua vez possui nomes como o já citado Alexandre Curi, mas também tem Guto Silva, Beto Preto e outros nomes que se sobressaem no cenário. O PT certamente virá com Enio Verri, justamente pela necessidade de ter um palanque para o Lula no Paraná. Outros nomes virão, partidos nanicos e partidos grandes ainda não citados, mas o caminho para 2026 está claro para todo analista político.

Para onde vai Bolsonaro e o PL, no Paraná
Essa pergunta é fácil de responder: é nítido que a coalizão de Ratinho será o palanque de Bolsonaro no Paraná, mantido este cenário. Bolsonaro não apoiará o PT; Sérgio Moro já sabe que também não terá o apoio de Bolsonaro. Não se surpreendam se não for o próprio ex presidente a indicar o vice da coalizão do atual governador do Paraná. O jogo só poderá virar se Ratinho concorrer a presidente do Brasil. Para onde irá Bolsonaro no Paraná, neste caso, não se sabe. O que é certo é que o apoiado por Ratinho, sendo ele o candidato ao Planalto, será o próximo governador.

Sérgio Moro tem oposição do petismo e do bolsonarismo, mais parte do Centro
Se, por um lado, o ex Juíz não tem declinado da intenção de concorrer ao governo do Paraná, contra ele pode abrir uma forte oposição. Já citei a divisão no partido dele, o União Brasil. Moro tem também a total rejeição de seu antigo partido, o Podemos. Isso sem falar do bolsonarismo, que viu no ex juiz uma espécie de traidor. Quando foi Ministro, vazou para a imprensa informações sigilosas da gestão Bolsonaro. E com o PT nem se fala, afinal, foi Moro quem prendeu Lula, então, para se lançar como pré candidato ao governo, ele conta com pouca força política.

E Para o Senado
Com duas vagas abertas o nome do bolsonarismo vem com o próprio deputado Federal Felipe Barros. O PT também vem com Gleice Hoffman. Com dois nomes destacados nos polos, fica aberto o espaço para as tantas outras legendas organizarem-se ao centro. Considerando que o eleitor está demonstrando exaustão à polarização, pode surgir nomes vindos de partidos de centro. Não podemos esquecer também do ex senador Alvaro Dias. Ele não participou das eleições de 2024, mas não está parado. Tem feito lives e viajado pelo Paraná, sobretudo em eventos de lançamento de seu livro, “A travessia de Alvaro Dias”. Dito isso, percebe-se um cenário ainda mais aberto às vagas paranaenses para o Senado. Contudo, conforme o clareado no início, tudo não passa de conjecturas.

Atenção: esta coluna é escrita e editada pelo jornalista Rodrigo Kohl Ribeiro MTB: 18.933, de sua inteira e irrestrita responsabilidade. Qualquer sugestão ou crítica, pode ser enviada para o e-mail joaopimentadepalmas@gmail.com ou pelo WhatsApp 46 98820-4604.