João Pimenta

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Os motivos que me fizeram voltar para Palmas, no exato momento em que tomei a decisão

Estava observando: em primeiro lugar foi a crise nacional que o Brasil começava a passar a partir de 2016 – eu também estava sendo duramente afetado, e passava pela cidade com a minha turnê de estreia de “O professor pelado”. A Palmas que encontrei precisava de ajuda, precisava de alguém que tivesse a ousadia de dar o primeiro passo. Não se tratava de colocar-me no lugar do outro. Mas de deixar o meu lugar, minha zona de conforto e ir até o outro para estender a mão. Eu já sabia que uma boa escuta significa metade da solução de problemas eventuais. É como se, ao ouvir o outro, a gente tenha o poder de pegar a pessoa pelas mãos e mostrar o caminho certeiro para resolver suas questões mais complexas.
Porque quando eu olho para trás, não para o passado recente – já completaram-se oito anos que voltei, mas o passado mais longínquo, quando eu construía uma carreira profissional na Educação (professor universitário, palestrante e diretor de instituição de ensino superior), vejo que acertei ao dar um sentido para minha vida. De lá para cá eu casei-me novamente (todos têm a segunda chance de ser feliz). Pela segunda vez vim morar em Palmas e tive mais dois filhos, sendo que o caçula é palmense nato, igual à primogênita – hoje com 22 anos. O do meio veio morar em Palmas em seus primeiros dias de vida, só tendo nascido no Rio Grande devido à Pandemia e à proximidade com a família naquele momento de isolamento social.
Então concluo que não importa mais os motivos que me fizeram voltar para Palmas, me importa é que esta é a minha vida agora, esta é a terra que escolhi para viver e criar meus filhos, formar minha família e participar da vida em sociedade, fazer alguma coisa por essa comunidade com tudo o que eu aprendi de melhor. Tomar atitudes que podem melhorar a vida das pessoas, mesmo coisas cotidianas, corriqueiras, tarefas do dia que parecem difíceis e que com simples atos, como mágica, coloca-se em dia a vida de gente simples, isso tudo, servir a este propósito é coisa que coloquei como foco de minha presença nessa nossa comunidade que tanto respeito e admiro chamada Palmas.

Atenção: esta coluna é escrita e editada pelo jornalista Rodrigo Kohl Ribeiro MTB: 18.933, de sua inteira e irrestrita responsabilidade. Qualquer sugestão ou crítica, pode ser enviada para o e-mail joaopimentadepalmas@gmail.com ou pelo WhatsApp 46 98820-4604.