João Pimenta

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Dona Révora: a despedida de uma lenda palmense

Palmas tem disso. Houve na sua história pessoas que marcaram sua época. Muitos são os homens que deixaram um legado nessa narrativa centenária. Nominá-los seria injusto, pois haveria esquecimento. Mas tem um que preciso destacar aqui, não por saudosismo mas pelo mérito nestas escritas. Acontece que o antigo ditado “por trás de um grande homem está uma grande mulher” passou a ser modernizado, tanto que hoje define-se o grande homem aquele que tem ao seu lado uma grande mulher e não mais em sua retaguarda. Voltando à história e aos homens de cada tempo, cada qual a seu tempo fez a sua parte para que Palmas chegasse até os dias de hoje. Não vivemos uma história perfeita, muitos são os problemas de nossa gente, a maioria deles herdados não pelos saudosos construtores que lideraram o avanço de Palmas mas pela própria história do mundo, nosso País e Estado. Eis que ao longo do tempo Palmas teve um prefeito tão singular quanto todos os outros, mas com um brilho muito peculiar. Estou falando do lendário Dr. José Maria de Araújo Perpétuo, o qual, igual a tantos outros já se despediu de nosso mundo. Só que ele deixou um legado, algo intocável.
Ao seu lado, dotada de uma intensidade notada há léguas de distância, uma grande mulher. A dona Révora, carinhosamente assim conhecida hoje, é a lendária Révora Franco de Araújo, que esteve ao lado de seu esposo e companheiro ao longo de tantos anos de sua vida, até a partida dele em 2009. Depois disso, dedicada aos filhos, não deixou de participar da vida em sociedade, sempre inspirando sonhos com seu brilho e expansão de ideias. O legado do casal fez uma linda família formando através dos filhos e netos diversos profissionais na sociedade, além de realizarem outro sonho: duas filhas tornaram-se prefeitas – (uma de Palmas e outra de Coronel Domingos Soares) e um filho vereador em Palmas. Com a enorme atuação em sociedade por esta família certamente o legado do casal Franco de Araújo deixará mais ainda contribuição política e social em Palmas.
No último domingo, dia 6, Dona Révora partiu ao encontro de seu amado. Uma de suas filhas, Joana d’Arc Franco Araujo escreveu: “Uma grande guerreira, mulher de fibra, fiel ao seu esposo, figura ilustre de nossa cidade.” Ocupo meu espaço esta semana para deixar minha homenagem e demonstração de sentimentos a toda a comunidade de Palmas, sobretudo à família Franco de Araújo e amigos. Podemos ficar tranquilos, assim como com relação ao Dr. José Maria, com a dona Révora não é diferente. Afinal, lendas não se vão, perpetuam-se.

Atenção: esta coluna é escrita e editada pelo jornalista Rodrigo Kohl Ribeiro MTB: 18.933, de sua inteira e irrestrita responsabilidade. Qualquer sugestão ou crítica, pode ser enviada para o e-mail joaopimentadepalmas@gmail.com ou pelo
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