Não há, nesta coluna, intenção em protestar contra nenhum governo pois, desde jovem, aprende-se a amar o país e desejar que ele seja forte, rico, culto, desenvolvido e soberano. O governo é efêmero. Assim, há mais que seis décadas, passaram pelo poder, entre erros e acertos, Kubitschek, Jânio, Goulart, Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo, Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. O atual presidente considera impossível governar o Brasil respeitando as instituições democráticas, esquecendo-se de que a vontade do líder da nação é limitada por freios e contrapesos institucionais.
Milhões de brasileiros estão perplexos com o rumo que o atual presidente está governando o país: disse que os milhões de alunos, professores e funcionários de universidades federais que participaram de um protesto pacífico em 15 de maio em 26 estados do país e no Distrito Federal são ‘idiotas úteis’. A razão das manifestações foi o bloqueio de cerca de R$ 7 bilhões das universidades, por parte de Abraham Weintraub, Ministro da Educação, sucessor do polêmico Vélez Rodriguez. Os cortes trataram como ‘castigo’ as universidades. Os discursos de Bolsonaro e de Weintraub são ‘defesa’ de interesses do mais forte em detrimento ao mais fraco. As universidades são e estão na sociedade com a finalidade de promover bem-estar, ampliar pensamento e produzir tecnologia para transformar o ser humano.
O presidente deveria ter liderança política para solucionar as graves situações que o país atravessa; todavia, sua popularidade despenca, resultado da paralisia do seu governo ante a aceleração da crise econômica, desemprego e recessão. Dá a impressão de que ele não sabe o rumo que deveria traçar, cercando-se de ministros de duvidosa competência causando maior preocupação porque parece que estão preocupados somente em excitar a militância pelo twitter.
A tal reforma da Previdência, tida como salvadora da economia do Brasil, não trará empregos nem crescimento ou desenvolvimento ao país: vide promessas da reforma trabalhista e terceirização. Será que o presidente colocará o Brasil no caminho do crescimento da renda e do emprego? Em sua recente viagem a Dallas, novamente bateu continência à bandeira americana e gritou, no final do seu discurso, aos empresários: “Brasil e Estados Unidos acima de tudo!”. Pesam também as investigações do Ministério Público que envolvem o Senador Flávio Bolsonaro sob acusação de movimentação financeira suspeita, envolvendo 94 pessoas.