Força do governo e auxílios

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A metade da riqueza do Brasil concentra-se em 100 mil pessoas, causando tremenda desigualdade. O agravamento das distâncias sociais arruína noções importantes a qualquer sociedade. Vive-se em um país que não há sensação de partilhar uma experiência comum: quem tem automóvel não sabe o que é andar de ônibus; quem estudou em escola particular não sabe o que é uma escola pública; quem nunca passou fome não entende o que é isso.

Para Pitágoras, é fundamental educar a criança para não ser necessário punir quando adulto. A educação é o melhor termômetro para medir o avanço de qualquer sociedade. Durante a pandemia, o ensino on-line tornou-se realidade, pegando de surpresa escolas, professores e pais, resultando em famílias tensas, e estudantes desatentos. Utilizam-se recursos tecnológicos que se está aprendendo a lidar e deve-se aproveitar para iniciar o salto educacional para avançar no processo educativo, que é a saída à crise.

Falando sobre pandemia, o auxílio emergencial removeu temporariamente da pobreza 72% dos domicílios brasileiros que receberam os recursos. O programa reduziu a pobreza devido aos R$ 600,00 serem significativos, cujo volume de gastos acaba sendo muito maior, reduzindo as necessidades das famílias. Entretanto, o auxílio não combate a desigualdade, mas repõe rendimentos informais perdidos devido à pandemia.

O programa deve continuar enquanto houver efeitos da pandemia. O auxílio é temporário e surgirão problemas considerando a falta de equilíbrio nas contas públicas. O objetivo do governo deveria ser de manter o combate à desigualdade e à extrema pobreza, mas esbarrará em sérios problemas devido aos efeitos do desequilíbrio fiscal. É necessário facilitar aos carentes possibilidades de renda para propiciar e manter alimentação das famílias e o equilíbrio da sociedade.

E o futuro próximo? Há um mês, Donald Trump disse textualmente que o governo Bolsonaro enfrentava um momento bem difícil devido às suas escolhas durante a crise. Bolsonaro reagiu mandando um abraço a Trump, que deseja aprofundar relações com os EUA e disse torcer pela reeleição de Trump. Essa postura de submissão deixa claro a bajulação brasileira às relações com Trump.

Entretanto, o Comitê Tributário da Câmara dos Deputados dos EUA assinou uma carta em que diz se opor a “qualquer tipo de acordo comercial com o governo Bolsonaro” devido a seu desrespeito aos direitos humanos e ao meio ambiente, deixando claro que os EUA estão restringindo o acesso brasileiro à economia americana, deixando o Brasil mais isolado. A União Europeia já freou negociações com o Brasil. E o futuro?