Meu nome é Alexandre de Souza, espero que minha história de vida motive você que está lendo. Eu nasci assim! Desde um mês de nascimento fiquei mais de 60 dias internado e, no decorrer dos dias, foram realizadas sete operações. Em uma dessas operações eu fiquei com um gesso nas pernas por mais de 100 dias e também com uma tala no meio das pernas, tendo que ficar com as pernas abertas sem mexer. Esta foi apenas uma das operações!
Quando eu era criança passei por várias operações ficando internado para ver se eu conseguiria andar, mas os médicos falaram que eu não iria andar. Os anos se passaram e eu desanimado da vida por saber que tudo que passei resolveu pouca coisa. Um certo dia comecei a refletir melhor e pensando comigo, disse a mim mesmo: “- Eu não posso ficar triste assim para o resto da minha vida, eu quero tirar essa tristeza de dentro de mim. Já se passaram 23 anos, e nesses 23 anos eu aprendi que se você quer alguma coisa, você não pode ficar sem fazer nada, e muito menos depender dos outros para tudo, talvez, somente o necessário! Não é porque estou numa cadeira de rodas que irei me sentir inválido, é apenas um obstáculo como qualquer outro, como diz o ditado, temos que cair para levantar!”.
Às vezes fico imaginando como podem ter tantas pessoas que não enfrentaram problemas complicados iguais aos que eu já enfrentei, e assim mesmo vivem reclamando da vida, sendo ingratos com Deus – pois não sabem valorizar o lindo dia – a natureza e a possibilidade de ter um trabalho que dignifica e estabiliza uma família. Em vez disso, muitos fogem dos obstáculos que Deus coloca. Vivem reclamando, achando que isso é uma desgraça e, na verdade, isso se chama ingratidão! Então, deixo a mensagem para dizer para vocês o quanto sou grato a Deus, por tudo o que fez para mim e continua fazendo. Hoje, através das páginas do Jornal Destaque Regional, deixo apenas uma reflexão aos leitores. Gratidão a Deus ainda é pouco, reflitam sobre isso!
Fonte: Jocemar Ferreira da Silva
para o Jornal Destaque Regional
