Engenharia pode contribuir para melhorar o tráfego de veículos

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Campanha de conscientização Maio Amarelo busca a redução dos acidentes de trânsito

O Maio Amarelo, movimento de conscientização para a redução dos acidentes de trânsito, está presente em 30 países. A busca por mais segurança está relacionada diretamente com os condutores de veículos – adotar uma direção consciente é fator primordial para reduzir acidentes. Mas a prudência tem um aliado de peso nessa batalha: a Engenharia de Tráfego. O trabalho dos Engenheiros tem influência efetiva para um trânsito eficiente e seguro.

Os profissionais graduados em Engenharia Civil têm a habilitação para trabalhar em transportes. Hélio Gomes da Silva Júnior, Engenheiro Civil e coordenador de Engenharia do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Paraná, analisa que a tendência de curto prazo é a atuação dos futuros Engenheiros em duas áreas: mobilidade urbana e infraestrutura rodoviária e ferroviária.

“A previsão é termos cada vez mais veículos em circulação. Há a preocupação de como será o trânsito nos próximos anos, tanto rodoviário quanto urbano. Prezar pela segurança é o objetivo”, observa Gomes, que tem pós-graduação em Infraestrutura Rodoviária e foi supervisor da unidade de Pato Branco do DNIT por muitos anos.

A atuação dos Engenheiros de Tráfego é ampla, desde as zonas urbanas até as rodovias e exige pensar em veículos de todos os tipos e tamanhos e na mobilidade das pessoas. O planejamento é a chave para proporcionar fluxo eficiente e com segurança.

“Até em cidades de menor porte, como Pato Branco, temos horários de pico e é preciso planejar para dar fluidez. Uma das saídas é utilizar os binários (ruas paralelas, em sentidos opostos) para facilitar o trânsito. Temos um projeto em andamento para o trevo da Guarany, em conjunto com a Prefeitura Municipal, e também para as marginais da rodovia BR 158”, adianta o coordenador de Engenharia do DNIT. A implantação dos binários deve acontecer em três meses.

“Há outros pontos importantes para melhorar o trânsito, como o Plano Diretor dos municípios, para dar direcionamento às cidades do Sudoeste, que cresceram de forma não planejada. E os Engenheiros podem ajudar a implantar soluções”, salienta Hélio Gomes.

Números da região

Segundo dados da Regional Pato Branco do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), de janeiro de 2015 até agora foram registradas 302 Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) na região Sudoeste relacionadas ao setor de transportes – coletivos urbanos e rodoviários, transporte de cargas e de produtos perigosos, sistemas de sinalização, sinalização viárias e outros. A média é de

88 ARTs por ano. No Estado, são aproximadamente três mil ARTs por ano, em média (muitas delas são registradas em Curitiba ou em um endereço principal, mas se referem a contratos que abrangem a Regional Pato Branco do Conselho).

Estatísticas

No Estado, o Detran-PR lançou no início do mês a campanha “Quando você não olha para as Leis de Trânsito, você dirige às cegas”. A intenção é chamar a atenção da sociedade, dos motoristas em especial, para optar por um trânsito mais seguro. Segundo o órgão, os acidentes de trânsito com morte caíram 8% em 2018, em relação ao mesmo período de 2017, passando de 2.547 para 2.338. Mas houve mais óbitos de ciclistas e motociclistas no mesmo recorte de tempo. Entre as motos, o número cresceu 3% de 2017 (659) para 2018 (680). Nas bicicletas, o índice chegou a 47% – de 98 para 144.

Crea-PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), autarquia que este ano comemora 85 anos, é responsável pela regulamentação e fiscalização da atuação de profissionais e empresas das áreas da Engenharias, Agronomias e Geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

Fonte: Antônio Menegatti