“E daí? Lamento.”

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Treze milhões de pessoas ainda procuram empregos e 50 milhões solicitaram abono de R$ 600,00. As filas em frente à Caixa Econômica são assustadoras e pior ainda quando se ouve seus relatos: necessidades básicas, fome e humilhação. Há desespero em seus olhares e atitudes. É uma bomba que estourará em breve. Essa política de proteger os fortes em detrimentos aos fracos e oprimidos não dá e nunca deu certo. O Presidente Jair Bolsonaro, alheio a tudo isso, respondeu à pergunta sobre o fato do Brasil ter ultrapassado o número de morte pelo Covid-19 da China: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre!”. Mostrou extremo desprezo pela morte de milhares de brasileiros vítimas do Covid-19 e da pobreza generalizada do povo brasileiro.

No último sábado, Moro, durante oito horas, depôs na Polícia Federal em Curitiba (por que Curitiba, se a denúncia ocorreu em Brasília?), denunciou Bolsonaro sobre fatos supostamente obscuros ocorridos nos seus 16 meses no governo. O interessante é que gravou tudo o que ocorreu durantes seus meses como ministro. Sua performance, no exercício da função, foi decepcionante porque sua preocupação era atender aos caprichos do Bolsonaro e aguardar setembro para ser indicado como ministro do STF. Para se prevenir de uma possível não indicação, armou-se de tudo o que podia para, quando fosse o momento, constranger e denunciar Bolsonaro.

Com essas denúncias, Moro também se queimou. Quem vai querer empregá-lo? Quem vai querer tê-lo como colaborador, sabendo que estará sempre tramando algo; sorrateiramente, acumulando provas para destruir seu oponente quando as coisas não saírem a contento? Moro condenou Lula em tempo recorde para que o mesmo não concorresse às eleições de 2018. Colaborou com o impeachment da Dilma quando vazava o processo sigiloso da Polícia Federal com o Jornal Nacional da Globo para colocar a população contra o PT.

Quando juiz federal, condenou empresários, destruiu milhões de empregos e suas respectivas empresas. As construtoras brasileiras eram muito eficazes no Brasil e no exterior. Impiedosamente, as destruiu, assim como outras empresas nacionais. Óbvio que pessoas que roubam devem ser punidas, mas com provas claras, cujo foco deve ser na pessoa e não na destruição da empresa. Moro é impiedoso, mesquinho, e só tinha um objetivo: ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Estranham-se suas constantes visitas aos EUA, em reuniões com o FBI e a CIA.

Esquisita a fidelidade de Moro ao delegado federal Maurício Aleixo, então diretor-geral da PF. Moro perdeu o Ministério da Justiça porque não admitiu a saída do seu parceiro de Curitiba, o homem que cumpria ordens que o juiz federal determinava, sem nenhum questionamento. Valeixo tinha um orçamento de R$ 5,3 bi, 1.500 delegados e 12 mil servidores. Se Moro tivesse ‘negociado melhor’, alcançaria seu almejado cargo no STF, mas a fidelidade a Valeixo falou mais alto. Se seu pedido fosse atendido, Moro encobriria o que denunciou em troca de uma cadeira no STF?

‘Criador’ e ‘criatura’ estão se destruindo e, provavelmente, Bolsonaro, em breve, sofra um processo de impeachment e saia do governo. Moro prejudicou Lula, Dilma e, agora, Bolsonaro. Estranha-se o fato desse cidadão, que se diz o paladino da Justiça, não ter se afastado deste desgoverno antes, ou então ter denunciado as supostas falcatruas de Bolsonaro. Diz o provérbio: “o salvador é pior do que o tirano”. Moro, criatura criadora desse caos que se vive não `Parará: Com apoio da Rede Globo, venha a ser candidato à presidência em 2022 e, por fim, voltará a tentar ser juiz, mas desta vez, no STF.