É Bullying

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“Agora tudo é Bullying, que frescura. No nosso tempo não tinha esse negócio e todo mundo sobreviveu”. Não, meu caro, nem todo mundo sobreviveu. E nossa geração, que cresceu com essa prática corriqueira, nunca esteve tão doente, deprimida, ansiosa e angustiada. Precisamos falar sobre Bullying sim. E combatê-lo ativamente. Inclusive para não repetirmos os erros do passado. Na teoria o termo pode ser simploriamente definido como “a prática de atitudes agressivas e de intimidação entre estudantes de forma recorrente”, na prática, cada um de nós sabe um exemplo que praticou, sofreu ou assistiu durante sua própria vida escolar. A Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (PIEA) ano passado avaliou 48 países e evidenciou que o bullying ocorre no Brasil com frequência duas vezes maior do que a média mundial. Estima-se que uma em cada quatro crianças brasileiras sofre algum tipo de Bullying e esse número chega a 50% entre a faixa etária de 7 a 14 anos. As consequências podem envolver: comprometimento da auto estima, depressão, isolamento social, transtornos alimentares, abuso de substâncias e, em casos extremos, suicídio. O autor também pode apresentar traços potenciais de transtornos mentais, como ser um opositor-desafiador ou vítima de violência doméstica. Todos os envolvidos precisam ser acolhidos, assim como toda a sociedade (e não só as escolas) precisa se informar e combater essa prática tão perpetuada que tantos malefícios traz a infância. E informação é o primeiro passo!