Vive-se perigo: 2020 será lembrado como o ano da maior crise mundial do pós-guerra, marcada por milhões de mortes. Os últimos cinco anos foram difíceis, com grande regressão social e política. A pandemia produzida pelo covid-19 agravou o ciclo econômico que já estava negativo, fragilizou um Brasil atrasado e confuso, influenciado por um governo federal negacionista e uma sociedade polarizada. Os melhores fatos de 2020 foram a aplicabilidade da vacina contra o covid-19 e a derrota de Trump nos EUA.
O Brasil ficou mais pobre e desigual na pandemia, e é necessário aprender a combater a indiferença, e a se preocupar mais com o próximo, o bem estar do outro – indivíduo ou de forma coletiva. Impulsionar-se a resolver problemas de desigualdade social, meio ambiente, saneamento básico, gestão do SUS, desemprego, entre tantos. Todavia, 2020 registrou a fragilidade do ser humano e a brevidade da vida.
Qual é a base da prosperidade? É a inovação no sistema de educação e treinamento baseado em seriedade e qualidade. É fundamental globalizar a democracia, ter governantes mais representativos, eficazes e responsáveis. Com o aumento das diferenças nas democracias, o povo fica mais desigual, fortalecendo, assim, o poder econômico e político.
Nesses últimos anos, esta coluna trouxe artigos que chamassem a atenção das injustiças que as pessoas comuns vivem e sequer percebem. O sistema econômico brasileiro é totalmente desigual e injusto, e a maioria das pessoas não consegue entende-lo, pois cultua líderes nefastos ou não só para não ter a obrigação de pensar e refletir naquilo que está realmente acontecendo.
Jamais houve qualquer intenção de ofender pessoas ou instituições, mas esclarecer o que vem ocorrendo. A maioria não percebeu e continua cega, envolvida pelo efeito manada a seguir um caminho sem volta que prejudicará a todos. Então, por que se preocupar com aqueles que nem percebem quem são ou onde estão?
Após dois anos, percebe-se que Bolsonaro não é o único responsável pela atual situação no país. São responsáveis também quem apoia o fato de portar armas, destruir o meio ambiente, vender empresas governamentais ao capital estrangeiro por valores módicos, odiar, sentir desafeto, ignorar a ciência, cultuar maldade e ser incapaz de se sensibilizar pelo sofrimento alheio.
Restou curtir o Natal e o Ano Novo na medida do possível. Para 2021, acredita-se em transformação, com luz à verdade ao bem do povo brasileiro.