Por Alessandra Procópio Moreira, Psicóloga Infantil CRP 08/41553
O diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um passo fundamental para promover o desenvolvimento integral da criança e garantir uma melhor qualidade de vida. Na primeira infância, período que vai do nascimento até os seis anos, o cérebro está em sua fase mais plástica, o que significa que intervenções realizadas nesse estágio podem ter impactos significativos e duradouros.
Identificar sinais de autismo o mais cedo possível permite que a criança e sua família acessem suporte especializado e adequado às suas necessidades. Entre os sinais de alerta mais comuns estão dificuldades na comunicação social, como evitar contato visual ou não responder ao próprio nome, padrões de comportamento repetitivos e restritivos, além de interesses muito específicos e intensos. É importante que pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos a esses aspectos.
A identificação precoce não apenas beneficia o desenvolvimento da criança, mas também auxilia os pais a compreenderem melhor o funcionamento de seus filhos, fortalecendo o vínculo familiar e reduzindo possíveis frustrações. Com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar – que pode incluir psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e pediatras – é possível elaborar estratégias para estimular a comunicação, interação social e habilidades cotidianas.
É essencial destacar que cada criança é única, e o TEA se manifesta de forma diversa. Por isso, o diagnóstico deve ser realizado por profissionais qualificados, que utilizem critérios científicos e observem o contexto individual. Além disso, é necessário combater mitos e estigmas relacionados ao autismo, promovendo uma sociedade mais inclusiva e informada.
Investir na detecção precoce é investir no futuro. Quanto mais cedo identificarmos os traços de autismo e iniciarmos o apoio necessário, maiores serão as chances de uma trajetória de vida com autonomia, aprendizado e inclusão.
Se você tem dúvidas sobre o desenvolvimento do seu filho ou conhece alguém que precise de orientação, procure um profissional especializado. A saúde emocional e o bem-estar das crianças começam com a informação e o cuidado desde os primeiros anos de vida.